quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ÍDOLOS DA MPB

Segundo dos três filhos de Antônio Luiz e Nilva, o paulistano Fábio Corrêa Ayrosa Galvão nasceu na manhã do dia 21 de novembro de 1953 e foi criado no bairro do Brooklyn com seus irmãos Danilo e Heraldo.
A família de classe média não era rica, com o pai taxista e a mãe professora de piano, e desde cedo o jovem Fábio trabalhou – com os irmãos – na banca de jornais com a qual o pai encarava o orçamento familiar.
Já naquela fase, Fábio sonhava estar na capa de revistas como as que entregava na casa dos fregueses.
Afinal, desde o início da adolescência, os programas musicais na televisão foram sua grande paixão e, estimulado pelo violão presenteado pelo pai, Fábio formou um trio vocal com seus irmãos – Os Colegiais, pouco depois rebatizado de Os Namorados, grupo que inicialmente participou do “programa preparatório” do Festival de Música Infantil da TV Bandeirantes e depois do programa Mini-Guarda, apresentado pelos também artistas mirins Ed Carlos, Mário Marcos e Enza Flori por cerca de um ano – entre 1967 e 1968.

Naquela ocasião, o estímulo para o prosseguimento na carreira artística veio por um elemento externo – um diretor de televisão que desafiou o empenho do cantor adolescente ao dizer-lhe que ele não sabia cantar, mas que poderia dedicar-se à dramaturgia. Fábio ingressou no tele-teatro – comandado pela lendária Cacilda Becker e dirigido por Walter George Durst -, estreando com a peça “Inês de Castro, A Rainha Depois de Morta”, e chegou a participar de especiais na TV Cultura, ao lado de atores consagrados como Paulo Autran e Etty Frazer.

Mas a paixão pela música permaneceu e felizmente também o estímulo dos pais. Levados pelo pai a rádios e shows, Os Namorados acabaram conhecendo o músico e produtor Arnaldo Saccomani, que em 1970 os levou para cantar numa gravação de Ronnie Von e acabou produzindo um primeiro compacto para a Polydor.
O cantor Christie estava estourado mundialmente com “Yellow River” e o grupo gravou uma versão em português, intitulada naturalmente “Rio Amarelo” e que foi o lado principal daquele primeiro disquinho. Mas, historicamente, o lado B é mais importante pois trazia “A Saudade Que Ficou”, uma das primeiras músicas compostas por Fábio. O compacto não aconteceu, nem tampouco seu sucessor, lançado no ano seguinte pela mesma Polydor – com uma versão para o sucesso internacional “What Have They Done To My Song Ma”.
Fábio não desanimou da carreira musical, ainda que o grupo tenha praticamente terminado no início dos anos 70, quando – já na maioridade – ele teve empregos em lojas de departamentos e também fazendo transporte escolar em São Paulo.
Os três irmãos dos Namorados acabaram se reunindo novamente alguns meses mais tarde, como Bossa 4 e depois – já com a cantora Malu – renovaram-se sob o nome artístico de Grupo Arco-Íris, que chegou a gravar um único compacto simples pelo selo Sinter em 1973.
Conduzindo com sabedoria sua carreira desde 1979, ano em que participou do longa-metragem “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues, ao lado de Betty Faria, José Wilker e Zaira Zambelli, Fábio ingressou numa agenda frenética de gravações de discos e novelas, além de shows por todo país. No período das décadas de 80 e 90, gravou diversos discos, participou de várias novelas e apresentou um programa de TV, com surpreendente simultaneidade, cravando na história de nossa cultura o feito inédito de artista de sucesso tanto como cantor, compositor, apresentador e ator. Fábio Jr. é um artista completo!
No século XXI, a notoriedade alcançada pela musicalidade reflete em seus sucessos e dia após dia conquista fãs por todo o Brasil. Com um carisma inigualável e uma carreira brilhante, Fábio Jr. é consagrado.

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