terça-feira, 29 de abril de 2014

ESTATISTICA

KKKKkkk....
Pourra..essa aí não dá nem pra rir.
Caso sério.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

FOTO DO DIA

A Banda Urublues tornou-se conhecida no Espírito Santo por vários motivos: pelo jeito irreverente de cantar as dores do ser humano, pelo seu trabalho essencialmente autoral e, não menos importante, por seu pioneirismo. 
Nascida de uma brincadeira de estudantes da Ufes, em 1988, a banda acabou tornando-se a mais antiga do Estado ainda em atividade em 2008 completou 20 anos e foi, também, o primeiro grupo musical do Espírito Santo a eleger o blues como matéria prima de seu repertório, o que lhe conferiu o título de "Pai do blues capixaba". 
Vale lembrar que no final dos anos 80 este gênero musical era quase desconhecido do grande público capixaba, que voltava sua atenção principalmente para o rock tupiniquim, para o heavy metal e para a estilos mais populares como a lambada. 
Aproveitando um momento de grande criatividade, a Urublues selecionou suas melhores composições para gravar um disco e, acabou inaugurando a era da tecnologia digital, em 1992, entrando para a história da música capixaba como a primeira banda do Espírito Santo a gravar um CD. 
Ato contínuo, a banda obteve uma conquista que até hoje mantém-se inédita: foi a primeira e única banda capixaba a participar do tradicional Festival de Inverno de Ouro Preto (MG), o que aconteceu em 1995. 
Com mais de 600 shows no currículo, a banda ganhou maior notoriedade ao dividir palco com artistas de renome nacional, como Lulu Santos, Barão Vermelho, Zeca Baleiro, Tribo de Jah e outros, além de apresentar nos maiores e melhores eventos musicais do Espírito Santo. 
 
COMPONENTES:
Caubi (Vocal)
Dodó Lee (baixo)
Vagner Simonassi (guitarra)
Vaner Simonassi (bateria)
 
DISCOGRAFIA:
(1992) URUBLUES
(2002) FLUIDO
 
VÍDEOS/CLIPES:

sexta-feira, 25 de abril de 2014

INDIFERENÇA

"Um dia você usa de tanta indiferença com alguém que consegue exatamente o que deseja:
ser esquecido."
(Augusto Branco)

Um ótimo fim de semana a todos.
Bom feriado santo.
Viva Nossa Senhora da Penha.
Viva os romeiros da Penha.
Viva, viva.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

TOP AGENDA

LANÇAMENTO: A MÁQUINA DO TEMPO E OUTRAS HISTÓRIAS

“A Máquina do Tempo e Outras Histórias” é o novo livro do escritor Anaximandro Amorim. A coletânea reúne 46 textos, entre crônicas e contos, foi contemplada pela Lei Rubem Braga, da Prefeitura de Vitória, e publicada pela Editora Pedregulho.

Com prefácio da jornalista e cronista Jeanne Bilich, o livro apresenta recort...es do dia a dia, retratos em prosa do cotidiano, escritos entre 2002 e 2012 para antologias, revistas, jornais, seu extinto blog e seu site oficial (www.anaximandroamorim.com.br), no qual publica a cada quinzena.

A obra será lançada durante o Café com Letras, do Shopping Norte Sul. No evento, além de bate-papo com o autor, haverá apresentação musical de Marcus Trancoso e participação do ilustrador Caio Cruz, que criará desenhos ao longo de todo o encontro.

O livro será vendido a R$ 20, no lançamento, e R$ 30, após.
 
HOJE ÀS 19:00
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EXPOSIÇÃO MEU PAÍS TROPICAL: HEIDI LIEBERMANN
 
O Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES) inaugura, no dia 24 de abril às 19h, a exposição Meu País Tropical: Heidi Liebermann. Além da artista alemã, o museu sediará a exposição "A Terra Quieta a Terra Inquieta”, do artista capixaba Bruno Zorzal.

Heidi Liebermann apresenta um conjunto de obras inéd...itas e realizadas especificamente para essa exposição e para o espaço do Maes. Além de pinturas de grande dimensão, o visitante encontrará um ambiente imersivo a ser explorado. Recortando e alinhavando suas impressões e vivências no Brasil desde a década de 70, a artista revela em sua pintura um panorama de cores vibrantes, repleta de referências e identificações com o que pode ser nosso país tropical.

O artista convidado Bruno Zorzal dialoga, em suas fotografias, com os trabalhos de Heidi. Para esta exposição, Zorzal se concentrou sobre imagens feitas entre 2011 e 2013, no Espírito Santo, interior do Rio Grande do Sul e agreste de Pernambuco, buscando a sua concepção de meu país tropical a partir de suas memórias afetivas.

Além da exposição, o museu oferece ao público um Programa Educativo com diversas oportunidades de participação.
 
MAES MUSEU
HOJE ÀS 19:00
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"Rock In Dobro" acústico Queen, Pink Floyd, Kiss, Creedence, Whitesnake, Bon Jovi, Pearl Jam, Alice in Chains, Skid Row, Hendrix, Metallica, Deep Purple, Journey, Van Halen e outros clássicos do rock com os músicos:

CLAUDIO PASSAMANI - Violão & Voz
PAULO BATERA - Percussão
...
PROMOÇÕES DA NOITE:

CAIPIRINHA - 2 POR R$7.00 ATÉ AS 22HS.
BALDE COM 9 UNIDADES DE HEINEKEN, BUDWEISER, STELLA ARTOIS - R$40,00
BALDE COM 10 BRAHMAS LATA - R$35,00
BALDE COM 10 ITAIPAVAS LATA - R$30,00
PORÇÕES E PETICOS VARIADOS A PARTIR DE R$15,00

+ TV's com Vídeos de bandas, UFC/Futebol, Sinuca, Tótó e Várias Promoções de Cervejas.

Local: CORRERIA MUSIC BAR - Av. Saturnino Rangel Mauro, 501 - Praia de Itaparica

Hora: A partir das 21:00hs (BAR ABERTO DE 20HS A 00:00HS)
ENTRADA FRANCA!
Classificação: Livre.

Informações: 98116-3325 (vivo) | 99988-8840 - Paulo Carvalho
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Sexta edição da festa de groove, soul e black music, com os DJS KL Jay (Racionais MCs), Big e JR (Rapa da Godoy), Dj Saddock (RJ), Cabelo e Semáforo (Residentes MÔIO GROSSO) e Zappie.

Ingressos: R$ 25,00 (homens) e R$ 20,00 (mulheres)
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Sexta Feira, 25/04, 22h
| Rock | Classics | Rockabilly | Oldies |
Show com Durango Kid Experience
DJ's Tuzzão, Julio Camelo, Chicão, Wendel Mom
...
Prepare muito bem os seus pés essa semana, pois sexta feira é dia de deixá-los massacrados na pista de dança do Stone Pub.

A onda rockabilly vai invadir com tudo nessa Let's Rock e a banda Durango Kid Experience, que já mostrou que tem todo o glamour da cena musical dos anos 50 e 60, não vai deixar ninguém parado.
Jerry Lee Lewis, Elvis Presley, Chuck Berry, Little Richard, Bill Haley, Johnny Cash... o que não faltará serão os hit's da época.

E ainda teremos um concurso pro melhor casal rockabilly/pinup caracterizado.
O prêmio? Surpresa!!!
;)

Entre no clima rockabilly desde já!!!

Rike threw a party in the Stone Pub
Durango Kidd was there and they began to wail
The band was jumpin' and the joint began to swing
You should've heard the people of Vitorinha sing
Let's rock, everybody, let's rock
Everybody in the whole dance floor
Was dancin' to the Stone Pub rock

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LINEUP

22h30 Julio Camelo
23h30 Chico
00h30 SHOW COM DURANGO KID EXPERIENCE
02h30 Wendel Mom
03h30 Tuzzão
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ENTRADA*
R$15 até às 23h
R$20 após às 23h

*Pagamento do ingresso somente em dinheiro.

CENSURA: 18 anos com documento original de identificação com foto.

STONE PUB
Rua Rômulo Samorini, 33
Praia do Canto - Vitória - ES

Aceitamos Visa, Master, Elo e Banescard
alimentação | lounge | área de fumantes semi coberta

brahma | stella artois | heineken | budweiser | liber e brahma zero |

*CAPACIDADE MÁXIMA DA CASA: 200 PESSOAS.

INFO
(27) 3019-8178
(27) 98854 6844
(27) 99989 5654
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Mais um vez, os maiores nomes do Rap nacional voltam ao estado. E não é pra perder!

RACIONAIS MC'S, CONE CREW + CONVIDADOS

...

25 de Abril (sexta-feira) - Álvares Cabral


ABERTURA DOS PORTÕES 22:00 HORAS



PONTOS DE VENDAS:

LOCAL SURF (SHOPPING VITÓRIA) - 3345-1441
CABANA (LARANJEIRAS) - 3241-9231
FOCAS SURF SHOP (SHOPPING PRAIA DA COSTA) - 3329-2771
BICHO GULOSO (JARDIM DA PENHA) - 3200-3096
CABANA (JARDIM CAMBURI) - 3022-0578

WWW.BLUETICKET.COM.BR



ARQUIBANCADA

1º LOTE (MEIA) - 30,00
2º LOTE (MEIA) - 40,00
3º LOTE (MEIA) - 50,00


ÁREA VIP

1º LOTE (MEIA) - 60,00
2º LOTE (MEIA) - 80,00
3º LOTE (MEIA) - 100,00
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Show com as bandas:

HEADSET - O melhor do Pop Rock anos 80's e 90's
SPOCKS - Red Hot, Foo Fighters, Blur, Arctic Monkeys, Ramones, Led e outros classicos do rock
THE BURGUERS - Cover Matanza...

Promoções da noite:

BALDE COM 10 BRAHMAS LATA - R$35,00
BALDE COM 10 ITAIPAVAS LATA - R$30,00
PORÇÕES E PETICOS VARIADOS A PARTIR DE R$15,00

+ TV's com Vídeos de bandas, UFC/Futebol, Sinuca, Tótó e Várias Promoções de Cervejas.

Local: CORRERIA MUSIC BAR - Av. Saturnino Rangel Mauro, 501 - Praia de Itaparica V. Velha
Hora: 22:00hs
Ingressos: R$10 (dinheiro ou cartão)
Classificação: 16 anos com RG. Menor só com pai ou mãe.

Informações: 98116-3325 (vivo) | 99988-8840 - Paulo Carvalho
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Vivencie conosco as Artes!

 O projeto Vivência em Artes realizado pelo SESC, terá em sua programação cursos e oficinas destinados a artistas profissionais, pesquisadores, professores, produtores e estudantes de artes plásticas/visuais, e músicos que atuam ou pretendam atuar no segmento da arte-educação. ...

 Com inscrição gratuita, a Vivência em Artes Visuais abordará questões ligadas à Curadoria, Crítica e Arte-educação, com três oficinas teórico-práticas: “Imagem, corpo e escrita”; “Práticas Artísticas Educativas” e “Atos de Escrita”.

Já a Vivência em Música terá duas turmas: “O Choro e suas possibilidades na escola”, aos sábados e “O método de musicalização Gazzi de Sá”, aos domingos.

 O edital está publicado no site www.sesc-es.com.br , onde estão disponibilizadas as fichas de inscrições, abertas até o próximo dia 23 de abril com envio para o e-mail cultura@es.sesc.com.br , e para aqueles que forem enviar pelo correio, via Sedex, ou pessoalmente no setor de cultura, serão aceitas até o dia 22.
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Show com as bandas:

Blobfish - SKACORE (LOGO)
Lovecankill - METALCORE
Truque Sujo - Cover Offspring...
Shad - Pop - Punk

Promoções da noite:

BALDE COM 10 BRAHMAS LATA - R$35,00
BALDE COM 10 ITAIPAVAS LATA - R$30,00
PORÇÕES E PETICOS VARIADOS A PARTIR DE R$15,00

+ TV's com Vídeos de bandas, UFC/Futebol, Sinuca, Tótó e Várias Promoções de Cervejas.

Local: CORRERIA MUSIC BAR (Antigo Skaldaria)
Av. Saturnino Rangel Mauro, 501 - Praia de Itaparica V. Velha
(Próximo ao Hotel Marlim Azul na Rod.do Sol)
Hora: 18:00hs em ponto
Ingressos: R$8,00 (dinheiro ou cartão)
Classificação: Livre até as 22hs.

Informações: 98116-3325 (vivo) | 99988-8840 - Paulo Carvalho.
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O sonho virou realidade! Sim danadinhas, pela primeira vez no Espírito Santo, om exclusividade na pista da FANFARRA: BONDE DO ROLÊ! ISSO MESMO: O PRIMEIRO SHOW DE UMA BANDA NA FANF's!

Um dos grupos brasileiros de maior sucesso de público e crítica no Brasil e no mundo, uma mistura de ritmos fortes do Brasil com as clá...ssicas batidas do Funk carioca, o Bonde do Rolê vem em uma apresentação magnética, tropical e bem sem vergonha e frescura, do jeito que a gente gosta!

E como a gente somo linda, trouxemos além de nossos residentes RAFAHELL e MURILO CALDAS, o talentoso produtor ARTHUR MARQUES compondo nosso line um. Então vem neném que aqui se come bem!

△▽ FANFARRA APRESENTA: BONDE DO ROLÊ △▽
△▽ 26 abril △▽ Blow Up Club △▽

LINE UP
BONDE DO ROLÊ
ARTHUR MARQUES
MURILO CALDAS
RAFAHELL

PATROCÍNIO:

ONDA TURISMO
MIXIRICA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA
KAFFA CAFETERIA


● ENTRADA:
> $ 25 reais - (1º Lote - 200 primeiros)
> $ 30 reais (2º lote - até a lotação da casa)

● Entrada com pagamento somente em dinheiro.
● Para os serviços internos, a Blow Up Club aceita os cartões de crédito Banescard, Visa e Mastercard.
● INFORMAÇÕES: 99996 2992 (FANFARRA), BLOW UP: 3229 3000.
● Proibida entrada de menores de 18 anos. A apresentação de documento é obrigatória.
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Domingo, 27/04, 22h
| Rock | Classics | Indie | Alternativo
DJ's Tuzzão e convidados

E na véspera de feriado, o Stone Pub não te deixa na mão....

Venha curtir a festa de rock e relembre os hit's que não saem da nossa cabeça, nessa festa que é puro rock 'n' roll.

E olha a novidade:

Você que nunca tocou em uma festa, ta afim de provar que pode mandar bem?
Mande uma lista do que você tocaria na noite, com 30 minutos de duração pra stonepubbar@gmail.com e selecionaremos os melhores set's pra compor o elenco da noite.

Compartilhe a notícia e surpreenda os jurados.

ENTRADA*
R$15 até às 23h
R$20 após às 23h

*Pagamento do ingresso somente em dinheiro.

CENSURA: 18 anos com documento original de identificação com foto.

STONE PUB
Rua Rômulo Samorini, 33
Praia do Canto - Vitória - ES

Aceitamos Visa, Master, Elo e Banescard
alimentação | lounge | área de fumantes semi coberta

brahma | stella artois | heineken | budweiser | liber e brahma zero |

*CAPACIDADE MÁXIMA DA CASA: 200 PESSOAS.

INFO
(27) 3019-8178
(27) 98854 6844
(27) 99989 5654

quarta-feira, 23 de abril de 2014

ÍDOLOS DA MPB

Músicos, musicólogos e amantes de nossa música podem discordar de uma coisa ou outra. Afinal, como diria a vizinha gorda e patusca de Nélson Rodrigues, gosto não se discute. Mas, se há um nome acima das preferências
individuais, este é Pixinguinha. O crítico e historiador Ari Vasconcelos sintetizou de forma admirável a importância desse fantástico instrumentista, compositor, orquestrador e maestro:“Se você tem 15 volumes para falar de toda a
música popular brasileira, fique certo de que é pouco. Mas se dispõe apenas do espaço de uma palavra, nem tudo está perdido; escreva depressa: Pixinguinha.”

Uma rápida passagem pela sua vida e sua obra seria suficiente para verificar que ele é responsável por façanhas surpreendentes, como a de estrear no disco aos 13 anos de idade revolucionando a interpretação do choro.
 
É que naquela época (1911) a gravação de disco ainda estava em sua primeira fase no Brasil e os instrumentistas, mesmo alguns ases do choro, pareciam
intimidados com a novidade e tocavam como se tivessem pisando em ovos, com medo de errar. Pixinguinha começou com segurança total e improvisou na flauta com a mesma tranqüilidade com que tocava nas rodas de choro ao lado do pai e dos irmãos, também músicos, e dos muitos instrumentistas que formavam a elite musical do início do século XX.

Pixinguinha só não era eficiente em certos aspectos da vida prática. Em 1968, por exemplo, a música popular brasileira, os jornalistas, os amigos e o próprio governo do então estado da Guanabara mobilizaram-se para uma série de eventos comemorativos pela passagem dos seus 70 anos no dia 23 de abril. Sabendo que a certidão de nascimento mais utilizada em fins do século XIX era a certidão de batismo, o músico e pesquisador Jacob Bitencourt, o grande Jacob do Bandolim, compareceu à igreja de Santana, no Centro do Rio, para obter uma cópia da certidão de batismo de Pixinguinha, e descobriu que ele não fazia 70 anos, mas 71, pois não nascera em 1898 como sempre informou, mas em 1897. O erro fora consagrado “oficialmente” em 1933, quando Pixinguinha
procurou o cartório para fazer a sua primeira certidão de nascimento. Mas não se enganou apenas no ano.

Registrou-se com o mesmo nome do seu pai, Alfredo da Rocha Viana, esquecendo-se do Filho, que era seu, e informou errado o nome completo da mãe: Raimunda Rocha Viana em vez de Raimunda Maria da Conceição. O
que é certo é que tinha muitos irmãos: Eugênio, Mário, Oldemar e Alice, do primeiro casamento de Raimunda, e Otávio, Henrique, Léo, Cristodolina, Hemengarda, Jandira, Hermínia e Edith, do casamento dela com Alfedo da Rocha Viana. Ele era o caçula.

A flauta e as rodas de choros não impediram que tivesse uma infância como as outras crianças, pois jogava bola de gude e soltava pipa nos primeiros bairros em que morou, Piedade e Catumbi. O pai, flautista, não só deu a ele a primeira flauta como o encaminhou para os primeiros professores de música, entre os quais o grande músico e compositor Irineu de Almeida, o Irineu Batina.

Seu primeiro instrumento foi cavaquinho mas mudou logo para a flauta.
 
Sua primeira composição, ainda bem

menino, foi Lata de leite, um choro em três partes como
era quase obrigatório na época. Também foi em 1911 que se incorporou à orquestra do rancho carnavalesco Filhas da Jardineira, onde conheceu os seus amigos de toda a vida, Donga e João da Baiana.

O pai preocupava-se também com os estudos curriculares do menino, que, antes de freqüentar os bancos escolares , teve professores particulares. Ele,
porém, queria mesmo era a música. Tanto que, matriculado no Colégio São Bento, famoso pelo seu rigor, matava aula para tocar no que seria o seu primeiro emprego, na casa de chope A Concha, na Lapa Boêmia.

“Às vezes, ia lá com a farda do São Bento”, recordou Pixinguinha em seu depoimento ao Museu da Imagem e do Som. Tudo isso, antes de completar os 15 anos, quando inclusive trabalhou como músico na orquestra do Teatro Rio Branco. Em 1914, com 17 anos, editou pela primeira vez uma composição de sua autoria, chamada

Dominante. Na edição da Casa Editora Carlos Wehrs, seu
apelido foi registrado como Pinzindim. Na verdade, o apelido do músico ainda não contava com uma grafia definitiva, pois fora criado pela sua avó africana. O
significado de Pinzindim teve várias versões. Para o radialista e pesquisador Almirante, significava “menino bom” num dialeto africano, mas a melhor interpretação, sem dúvida, é a do pesquisador de cultura negra e grande
compositor Nei Lopes, que encontrou a palavra psi-di
numa língua de Moçambique, que significa comilão ouglutão. Como Pixinguinha já carregava também o apelido caseiro de Carne Assada, por ter sido surpreendido apropriando-se indevidamente um pedaço de carne assada antes do almoço que seria oferecido pela família a vários convidados, é provável que a definição encontrada por Nei Lopes seja a mais correta.

Em 1917, gravou um disco do Grupo do

Pechinguinha [sic] na Odeon com dois clássicos da suaobra de compositor, o choro Sofres porque queres e a valsa Rosa, sendo que esta última tornou-se mais
conhecida em 1937, quando foi gravada por Orlando Silva.

Naquela altura, ele já era um personagem famoso não só pelo seu talento de compositor e de flautista como por outras iniciativas, entre as quais sua participação no Grupo do Caxangá, que saía no carnaval desde 1914 e era
integrado por músicos importantes como João Pernambuco, Donga e Jaime Ovale. E era também uma das figuras principais das rodas de choro na famosa casa de Tia Ciata (Hilária Batista de Almeida), onde o choro ocorria na sala e o samba no quintal. Foi lá que nasceu o

famoso Pelo telefone, de Donga e Mauro de Almeida,
considerado o primeiro samba gravado. Em 1918, Pixinguinha e Donga foram convocados por Isaac Frankel, proprietário do elegante cinema Palais, na Avenida Rio Branco para formar uma pequena orquestra que tocaria na sala de espera. E nasceu o grupo Oito Batutas, integrado por Pixinguinha (flauta), Donga (violão), China,irmão de Pixinguinha (violão e canto), Nélson Alves
(cavaquinho), Raul Palmieri (violão), Jacob Palmieri (bandola e reco-reco) e José Alves de Lima, Zezé (bandolim e ganzá). “A única orquestra que fala alto ao
coração brasileiro”, dizia o letreiro colocado na porta do cinema. Foi um sucesso, apesar de algumas restrições de caráter racista na imprensa. Em 1919, Pixinguinha gravou
Um a zero, que compusera em homenagem à vitória da
seleção brasileira de futebol sobre a uruguaia, dando ao país seu primeiro título internacional, o de campeão sulamericano.

É impressionante a modernidade desse choro, mesmo quando comparado a tantas obras criadas mais de meio século depois.
Os Oito Batutas viajaram pelo Brasil e, em fins de 1921, receberam um convite irrecusável: uma temporada em Paris, financiada pelo milionário Arnaldo Guinle. E, no dia 29 de janeiro de 1922, embarcaram para a França, onde permaneceram até agosto tocando em casas diferentes, sendo a maior parte do tempo no elegante cabaré Sheherazade. Foi em Paris que Pixinguinha ganhou
de Arnaldo Guinle o saxofone que iria substituir a flauta no início da década de 1940, e Donga recebeu o banjo, com o qual faria muitas gravações. Na volta da França, o grupo fez várias apresentações no Rio de Janeiro (inclusive na exposição comemorativa do centenário da independência) e, em novembro de 1922, novamente os Oito Batutas viajaram, dessa vez para a Argentina, percorrendo o país durante cerca de cinco meses e gravando vários discos
para a gravadora Victor. Na volta ao Brasil, a palavra Pixinguinha já ganhara sua grafia definitiva nos discos e na imprensa. Novas apresentações em teatros e em vários eventos e muitas gravações de disco, com seu grupo identificado com vários nomes: Pixinguinha e Conjunto, Orquestra Típica Pixinguinha, Orquestra Típica Pixinguinha-Donga e Orquestra Típica Oito Batutas.

Os arranjos escritos para seus conjuntos chamaram a atenção das gravadoras, que sofriam na época com a

quadradice dos maestros da época, quase todos
estrangeiros e incapazes de escrever arranjos com abossa exigida pelo samba e pela música de carnaval.

Contratado pelo Victor, fez uma verdadeira revolução, vestindo a nossa música com a brasilidade que fazia tanta falta. São incontáveis os arranjos que escreveu durante os anos em que atuou como orquestrador das gravadoras
brasileiras. Tudo isso nos leva a garantir que não estará cometendo qualquer exagero quem afirmar que Pixinguinha foi o grande criador do arranjo musical
brasileiro. Na década de 1930, gravou também muitos discos como instrumentista e várias músicas de suaautoria (entre as quais as fantásticas gravações de

Orlando Silva de Rosa e Carinhoso), mas o mais
expressivo daquela fase (incluindo mais da metade da década de 1940) foi a sua atuação como arranjador.

Em 1942, fez a última gravação como flautista num

disco com dois choros de sua autoria: Chorei e Cinco companheiros. Ele nunca explicou direito a troca para o
saxofone, embora se acredite que o consumo excessivo de bebida seja o motivo. Mas a música brasileira foi enriquecida pelos contrapontos que fazia no sax e com o lançamento de dezenas de disco em dupla com o flautista
Benedito Lacerda, certamente um dos momentos mais altos do choro em matéria de gravações. Em fins de 1945, Pixinguinha participou da estréia do programa “O pessoal da Velha Guarda”, dirigido e apresentado pelo radialista
Almirante e que contava também com a participação de Benedito Lacerda. Em julho de 1950, uma iniciativa inédita de Pixinguinha: gravou cantando o lundu da sua

autoria (letra de Gastão Viana) Yaô africano, que fora
gravado em 1938. Em 1951, o prefeito do Rio, João Carlos Vital, nomeou-o professor de música e de canto orfeônico (ele era funcionário da prefeitura desde a década de 1930). Até aposentar-se deu aulas em várias escolas cariocas. A partir de 1953, passou a freqüentar o Bar Gouveia, no Centro da cidade, numa assiduidade interrompida apenas por problemas de doenças. Acabou contemplado com uma cadeira permanente, com o seu nome gavado, na qual apenas ele poderia sentar.

Um grande acontecimento foi o Festival da Velha Guarda, que comemorava o quarto centenário da cidade de São Paulo, em 1954. Pixinguinha reuniu o seu pessoal da Velha Guarda (mais uma vez sob o comando de Almirante) e realizaram várias apresentações no rádio, na televisão e em praça pública com a assistência de dezenas de milhares de paulistas. Antes da volta ao Rio, Almirante recebeu uma carta do presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, dizendo, entre outras coisas, que, “dentre todas as extraordinárias festividades em que se comemora o quarto centenário, nenhuma teve maior
repercussão em São Paulo, nem conseguiu tocar mais profundamente o coração do seu povo”. Em 1955, foi realizado o segundo Festival da Velha Guarda, mas sem a repercussão do primeiro.

O mais importante de 1955, para Pixinguinha, foi a

gravação do seu primeiro long-play, com a participação
dos seus músicos e de Almirante. O disco recebeu o nome de “Velha Guarda”. No mesmo ano, a turma toda

participou do show O samba nasce no coração, na
elegante casa noturna Casablanca. No ano seguinte, a rua em que ele morava, no bairro de Ramos, a Berlamino Barreto, ganhou o nome oficial de Pixinguinha, graças a um projeto do vereador Odilon Braga, sancionado pelo prefeito Negrão de Lima. A inauguração contou com a presença do prefeito e de vários músicos e foi comemorada com uma festa que durou dia e noite, com muita música e bastante álcool. Em novembro de 1957, ele foi um dos convidados pelo presidente Juscelino Kubitschek para almoçar com o grande trompetista Louis
Armstrong no Palácio do Catete. Em 1958, depois de um almoço no clube Marimbás e sofreu um mal súbito. No mesmo ano, seu conjunto da Velha Guarda foi o escolhido
pela então poderosa revista O Cruzeiro para recepcionar
os jogadores da seleção brasileira, que chegavam da Suécia com a Copa do Mundo conquistada. Em 1961, fez várias músicas com o poeta Vinícius de Morais para o

filme Sol sobre a lama, de Alex Viany. Em junho de 1963,
sofreu um enfarte que o levou a passar várias internado numa casa de saúde.

Em 1968, seus 70 anos (que, na verdade, como vimos, eram 71) foram comemorados com um espetáculo no teatro Municipal que rendeu um disco, uma exposição no Museu da Imagem e do Som, uma sessão solene na
Assembléia Legislativa carioca e um almoço que reuniu centenas de pessoas numa churrascaria da Tijuca. Em 1971, Hermínio Belo de Carvalho produziu um disco

intitulado Som Pixinguinha, com orquestra e solos de
Altamiro Carrilho na flauta. Em 1971, um daqueles momentos que levavam seus amigos e considerá-lo santo: sua mulher, dona Beti, passou mal e foi internada num hospital. Dias depois, foi ele acometido de mais um problema cardíaco, foi também internado no mesmo hospital, mas, para que ela não percebesse que também estava doente, colocava um terno nos dias de visita e ia visitá-la como se estivesse vindo de casa. Por essa e por outras é que Vinícius de Morais dizia que, se não fosse Vinícius, queria ser Pixinguinha. Dona Beti morreu no dia
7 de junho de 1972, aos 74 anos de idade.

No dia 17 de fevereiro de 1973, quando se preparava para ser o padrinho de uma criança na Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, sofreu o último e
definitivo enfarte. A Banda de Ipanema, que fazia naquele momento um dos seus mais animados desfiles, desfez-se imediatamente com a chegada da notícia. Ninguém queriasaber de carnaval.

O 117º aniversário de Pixinguinha, se ainda estivesse vivo, é o tema do Doodle do Google desta quarta-feira (23).

A sua importância foi tanta para o choro que coincide com o aniversário de Pixinguinha o Dia Nacional do Choro, homenagem pensada pelo bandolinista Hamilton de Holanda e os alunos da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello. A lei aprovando a data foi sancionada em 4 de setembro de 2000 e até hoje a data é um marco para os amantes deste estilo musical.

terça-feira, 22 de abril de 2014

FOTO DO DIA

A Banda Lion Jump surgiu em janeiro de 2001, com o propósito de executar o melhor do ‘roots reggae”. No início, o nome da banda era “Lion Jungle”, mas já em sua primeira apresentação, graças a uma “falha” gráfica por parte da produção do evento, a banda passou a ser apresentada, a partir de então, como a conhecemos hoje. Este nome caiu nas graças do grupo e de todo o público.
O Lion Jump vem conquistando seu lugar ao sol com credenciais de peso: foi eleita vencedora do primeiro Festival Capixaba de Reggae em 2002, No mesmo ano, lançou o seu primeiro CD “Soldado de Jesus”, contendo 12 faixas próprias, incluindoCiranda eO Tempo, músicas de grande aceitação por parte do público capixaba, com execução maciça nas rádios locais e vendagem de 8 mil cópias. Pouco tempo depois, em 2004, a banda pôs o pé na estrada e foi para São Paulo, onde gravou a pré-produção do seu segundo CD, intitulado “Contra Babilônia”, com 13 faixas próprias, gravadas ao vivo, numa fase mais voltada para o “Dub”.
Em 2007, mais uma vez a banda foi respirar outros ares. A família Lion foi até Brasília desempenhar o Projeto ?Nas trilhas de Jah? amparado pela Lei Rouanet, onde os músicos promoveram oficinas de reciclagem para crianças, transformando lixo em Instrumentos musicais e brinquedos. Com esta oportunidade a banda pode dar vazão a mais um dos seus objetivos: A conscientização ambiental por meio de sua arte.
De volta á terra natal, na trajetória de shows, eventos e participações em projetos sócios - culturais, o Lion Jump se mantém sustentado em dois pilares: A qualidade de seu espetáculo com um som de altíssima qualidade, que conta com o potencial e a reciclagem musical de seus integrantes, e com equipamentos de última geração.
A vontade de inovação para proporcionar ao seu público o melhor da música Reggae a cada apresentação;Além de direcionar suas músicas para uma conscientização do seu público, com letras de cunho social, cultural e ambiental.
A banda foi influenciada por: Bob Marley, Peter Tosh, precursores do “roots reggae”; Augustus Pablo, grande expoente do “Reggae-Dub”; Gladiators; Israel Vibration; Steel Pulse e muitos outros nomes do reggae mundial, além, é claro da forte influência de clássicos do “rock‘n roll”, como The Beatles, Pearl Jam, dentre outros. A banda teve ainda o privilégio de tocar com figuras expressivas do reggae nacional e internacional, como Pato Banton, Tribo de Jah, Edson Gomes, Adão Negro, Planta e Raiz e Ponto de Equilíbrio e tantas outras.
O quinteto encontra-se, no momento, em fase de finalização de seu terceiro CD, intitulado “Clássicos da Favela”, baseado na pré – produção de “Contra Babilônia”. Este novo trabalho aposta em 12 faixas com nova roupagem, sendo quatro delas inéditas, como “Se Não Houvesse Confusão”, em que se mesclam as mensagens de paz e igualdade, com o peso das guitarras e a marcação pulsante da “cozinha” e dos metais. Esta obra conta ainda com participações expressivas de artistas de renome do cenário músico-cultural capixaba, como o já parceiro Alexandre Lima (Mahnimal) e Fabrício Chattola (Beatbox, dos “Suspeitos na Mira”).
O Lion Jump conta, também, com um elemento fundamental para o êxito de seu trabalho: o carisma de seus integrantes, em especial do vocalista Elias Santos, cuja semelhança física com o Rei do Reggae Bob Marley cria um diferencial marcante no grupo. É óbvio que uma imagem, por si só, não é determinante para o sucesso ou insucesso de uma banda. Somente o retorno do público determina, de fato, sua popularidade neste segmento musical, fruto do talento de todos os componentes. Podemos apostar no crescimento do Lion Jump, cada vez mais evidente.

COMPONENTES:
Elias Santos (compositor, vocal, guitarrista e produção musical)
Kassio Dalla Bernadina (guitarra e percussão)
Karlo Dalla Bernardina ( bateria e percussão)
Aderman Costa (trompete , Flugelhorn e flauta)
Diego Mudinho (trombone)
Kiko Alves (baixo)

DISCOGRAFIA:
(2002) SOLDADO DE JESUS
(2004) CONTRA BABILÔNIA
(2011) CLÁSSICOS DA FAVELA

VÍDEOS/CLIPES:

quinta-feira, 17 de abril de 2014

TOP AGENDA

Texto do dramaturgo russo Anton Tchékhov (1860-1904) na montagem inovadora do grupo cearense Teatro Máquina chega para micro-temporada no Theatro Carlos Gomes, em Vitória, nos próximos dias 17, 18, 19 e 20 de abril.

Escrita em 1897, a peça Ivanov narra a história de um homem com conflitos interiores, dividido entre o... amor da esposa doente e a paixão fulminante por uma jovem.

Cada sessão receberá até 80 pessoas, pois a plateia é montada no palco do teatro. Essa proposta cenográfica, sem coxias para o elenco, também possilita que o espectadores acompanhem bem de perto uma segunda camada de trabalho dos atores.

Uma realização do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, o espetáculo faz parte de uma turnê que ainda passará por São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG) e conta com o patrocínio da Petrobras, através do edital BR Distribuidora de Cultura.

Ao final da apresentação do dia 18 (sexta-feira), o público será convidado a participar de um debate com os integrantes do grupo Teatro Máquina.

IMPORTANTE: Todas as apresentações são gratuitas. Os ingressos poderão ser retirados, a partir das 14 horas do dia de cada apresentação na bilheteria do Theatro Carlos Gomes.

As apresentações grupo Teatro Máquina do espetáculo Ivanov para o público capixaba contam com o apoio da CabeloSeco Soluções Culturais, da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult), da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames) e da Carabina Cultural.

Ivanov, espetáculo do grupo Teatro Máquina (CE) em Vitória (ES

Abril de 2014
Dias 17, 18, 19, às 20 horas
Dia 20 às 19 horas


Indicação etária: 14 anos
Duração: 70 minutos


Ficha Técnica:

Direção: Fran Teixeira.
Texto: a partir do texto de Anton Tchékhov
Com:
Ana Luiza Rios - Anna
Edivaldo Batista – Ivanov
Fabiano Veríssimo - Gavrila
Levy Mota – Lvov
Loreta Dialla - Sacha
Márcio Medeiros - Bórkin
Música original: Ayrton Pessoa Bob.
Cenografia e arte gráfica: Frederico Teixeira.
Figurino: Diogo Costa.
Desenho de Luz: Walter Façanha.
Edição de vídeo: Felipe Caetano.
Assistente de direção: Loreta Dialla.
Colaboradoras corpo: Andréia Pires e Rosa Primo.
Colaborador voz e interpretação: Danilo Pinho.
Produção: Levy Mota e Sol Moufer.
Produção em Vitória: Anderson Bardot
Assessoria de imprensa em Vitória: Paulo Gois Bastos
Fotos: Deyvison Teixeira
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Nesta quinta-feira, pra começar a aquecer os tamborins pro feriadão vai rolar o tradicional acústico de quinta no primeiro ambiente com a banda Old Scotch. Já no segundo ambiente vai rolar show com a banda Ecoss Urbanuss.


1º AMBIENTE: OLD SCOTCH BAND: Rock'n Roll e Blues Acustico
...
Robert Jonson, Erick Clapton, Steve Ray Vaughan, BB King, Gary Moore.



2º AMBIENTE: ECOSS URBANUSS - Cover Rock Nacional

Legião Urbana, Raimundos, Capital Inicial, Engenheiros do HAwaii,
Mamonas Assassinas, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, Titãs
Ira e outros classicos nacionais.


PROMOÇÕES DA NOITE:

CAIPIRINHA - 2 POR R$7.00 ATÉ AS 23HS.
BALDE COM 9 UNIDADES DE HEINEKEN, BUDWEISER, STELLA ARTOIS - R$40,00
BALDE COM 10 BRAHMAS LATA - R$35,00
BALDE COM 10 ITAIPAVAS LATA - R$30,00
PORÇÕES E PETICOS VARIADOS A PARTIR DE R$15,00

+ TV's com Vídeos de bandas, UFC/Futebol, Sinuca, Tótó e Várias Promoções de Cervejas.

Local: CORRERIA MUSIC BAR (Antigo Skaldaria)
Av. Saturnino Rangel Mauro, 501 - Praia de Itaparica
(Próximo ao Hotel Marlim Azul na Rod.do Sol)
Hora: De 20hs até as 04hs.
ENTRADA FRANCA!
Classificação: Livre.

Informações:
98116-3325 (vivo) | 99988-8840 - Paulo Carvalho.
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NESTA QUINTA -FEIRA 17 DE ABRILNOITE DE VÉSPERA DE FERIADO
CLUBE 106 - JARDIM DA PENHA - APRESENTA !!

TRIO POTIGUÁ (RN)
TRIO MARACA...
GUSTAVO PINGO
TRIO MAFUÁ
DJ FABRICIO

INGRESSOS:$20,00 UNICO
INFO:999115443
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18 de abril - Sexta
17h30 – 18h30 – Lucas Arruda (ES)
19h – 20h – Fames Coletivo Sonorum (ES)
20h30 – 22h – Naná Vasconcelos (PE) e Lui Coimbra (RJ)
22h30 – 00h – Big Bat Blues Band (ES)...

19 de abril - Sábado
16h - 17h - Cortejo da Banda de Congo de Manguinhos (ES)
17h30 – 18h30 – Kátia Rocha (ES)
19h – 20h – Fames Jazz Band (ES)
20h30 – 22h – Badi Assad (SP)
22h30 – 00h – Jefferson Gonçalves & Banda convida Laudir de Oliveira (RJ)

20 de abril - Domingo
17h30 - 18h30 - Yumi Hirose (ES)
19h – 20h – Fames Jazz Trio (ES)
20h30 – 22h – Urublues (ES)
22h30 – 00h – Junior Watson Band (EUA)
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Feriadão com direito a 4ª Edição do maior Festival de Bandas Novas de Vila Velha! Com as bandas:

OBSIDIAN LIES - Brazilian Fucking Metal
FLYING TIRES - Cover/Clássic Rock
HEADCLEAN - Hardcore...
THE RIPPES - Cover Strokes/ Indie Rock
SHAD - Pop Core
RAMHEAD - Rock Progressivo
ASHBURN - Power Metal
DRUNK DOG - Thrash Metal


Promoções da noite:

BALDE COM 10 BRAHMAS LATA - R$35,00
BALDE COM 10 ITAIPAVAS LATA - R$30,00
PORÇÕES E PETICOS VARIADOS A PARTIR DE R$15,00

+ TV's com Vídeos de bandas, UFC/Futebol, Sinuca, Tótó e Várias Promoções de Cervejas.

Local: CORRERIA MUSIC BAR (Antigo Skaldaria)
Av. Saturnino Rangel Mauro, 501 - Praia de Itaparica V. Velha
(Próximo ao Hotel Marlim Azul na Rod.do Sol)
Hora: 21:00hs
Ingressos: R$10 (dinheiro ou cartão)
Classificação: 16 anos com doc. com foto. Menor só com pai ou mãe.

Informações: 98116-3325 (vivo) | 99988-8840 - Paulo Carvalho
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Sexta Feira, 18/04, 22h
| Rock | Classics | 90's | 2000's | Alternativo |
Shows com Over Jam (Pearl Jam cover) e Spocks
DJ's Tuzzão, Bikini Girls With Machine Guns, Riot Grrl, Lara Lorenzoni
...
A festa que vocês tanto amam terá uma segunda edição nesse mês.

Dessa vez, a banda Overjam retorna em grande estilo fazendo uma apresentação cheia de hit's da banda grunge que bateu de frente com Nirvana, mostrando que eles também merecem estar no Rock and Roll Hall of Fame and Museum (sim, o Pearl Jam não se encontra na lista célebre do museu do rock and roll).

E pra abrir a noite, a banda Spocks apresenta seu repertório autoral e mistura covers de bandas que começaram o sucesso nos anos 90, como Red Hot, Foo Fighters, Blur e Raimundos e bandas que tem os anos 2000 pra cá como auge, caso de The Hives, The Vines e Arctic Monkeys.
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LINEUP:

22h30- Bikini Girls With Machine Guns
23h30- Show com Spocks
00h30- Riot Grrl
01h00- Show com Overjam
03h00- Lara Lorenzoni
04h00- Tuzzão
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ENTRADA*
R$15 até às 23h
R$20 após às 23h

*Pagamento do ingresso somente em dinheiro.

================PROMOÇÃO================

VENHA COM CAMISA DE BANDA E O VALOR FICA:
R$10 até às 23h
R$15 após às 23h

================PROMOÇÃO================

CENSURA: 18 anos com documento original de identificação com foto.

STONE PUB
Rua Rômulo Samorini, 33
Praia do Canto - Vitória - ES

Aceitamos Visa, Master, Elo e Banescard
alimentação | lounge | área de fumantes semi coberta

brahma | stella artois | heineken | budweiser | liber e brahma zero |

*CAPACIDADE MÁXIMA DA CASA: 200 PESSOAS.

INFO
(27) 3019-8178
(27) 98854 6844
(27) 99989 5654
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Sábado, 19/04, 22h
| Indie Rock | Novidades da música pop |
DJ's Tuzzão, Pandolfi, Elminha, Morelo, B1TCHSLAP, Lucas Serrão, Ivan Tuma, VLNTDDS, Arthur Gomes

Vamos brincar de índio?...

Dia 19 de abril é comemorado o dia do Índio e a festa mais Indie de vitória retorna em grande estilo...
Guarde seu penacho e coloque sua blusa xadrez, tenis vans e óculos de armação wayfarer e venha pular com as músicas indies mais badaladas.

Aproveitando a brincadeira e o domingo de páscoa, teremos surpresas na noite...
O coelhinho da páscoa vai deixar alguns muitos ovinhos espalhados por todo o Stone Pub.
Ache o seu, leve ao barman e tchanam, ganhe uma DOSE DE CANELINHA pelo seu talento de explorador. De quebra ainda leva o chocolate de presente.
:D

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LINEUP

22h00- Tuzzão
23h00- Pandolfi
23h45- Elminha
00h30- Morelo
01h15- B1TCHSLAP!
02h00- Lucas Serrão
02h45- Ivan Tuma
03h30- VLNTDDS
04h15- Arthur Gomes
__________________________________

ENTRADA*
R$15 até as 23h
R$20 após as 23h

*Pagamento do ingresso somente em dinheiro.

CENSURA: 18 anos com documento original de identificação com foto.

STONE PUB
Rua Rômulo Samorini, 33
Praia do Canto - Vitória - ES

Aceitamos Visa, Master, Elo e Banescard
alimentação | lounge | área de fumantes semi coberta

brahma | stella artois | heineken | budweiser | liber e brahma zero |

*CAPACIDADE MÁXIMA DA CASA: 200 PESSOAS.

INFO
(27) 3019-8178
(27) 98854 6844
(27) 99989 5654
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No país do futebol, o que não falta é menino com o sonho de ser jogador profissional. E, para quem esperava uma chance de aparecer e se destacar, a Taça das Comunidades pode ser a oportunidade que faltava. A competição, semelhante a Taça das Favelas (Rio de Janeiro), é uma parceria da TV Gazeta com a Central Única das ...Favelas do Espírito Santo (Cufa-ES) e vai acontecer pela primeira vez no Espírito Santo.

Meninos com idade entre 15 e 17 anos vão poder participar do campeonato, que vai reunir 32 seleções de diferentes bairros da Grande Vitória. Cada seleção, poderá ter até 300 participantes inscritos. As inscrições das comunidades interessadas em disputar a competição começam nesta sexta-feira e poderão ser feitas nos próprios bairros, ou com o preenchimento da ficha que estará disponível no www.globoesporte.com/es e no Jornal Notícia Agora.

Em uma peneira, nos dias 26 de abril e 03 de maio, cada comunidade escolherá 18 jogadores para representar o bairro na competição. A abertura e primeira rodada está marcada para o dia 10 de maio.

- Apenas moradores da comunidade vão poder se inscrever, e a própria comunidade vai escolher seus jogadores e montar sua seleção. A intenção é atender ao máximo de jovens possível. Não é apenas o esporte pelo esporte, é abrir horizontes e criar oportunidades para esses meninos que tantas vezes se sentem desvalorizados - esclarece Marcelo Gomes, presidente da Cufa no Estado.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

ÍDOLOS DA MPB


João Rubinato, nome artístico como Adoniran Barbosa (Valinhos, 6 de agosto de 1910 — São Paulo, 23 de novembro de 1982), foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro.
Rubinato representava em programas de rádio diversas personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, que acabou por se confundir com seu criador dada a sua grande popularidade. Adoniran ficou conhecido nacionalmente como o pai do samba paulista.
O compositor e cantor tem um longo aprendizado, num arco que vai do marmiteiro às frustrações causadas pela rejeição de seu talento. Quer ser artista – escolhe a carreira de ator. Procura de várias maneiras fazer seu sonho acontecer. Tenta, antes do advento do rádio, o palco, mas é sempre rejeitado. Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso nos teatros como ator lhe é para sempre abortado. O samba, no início da carreira, tem para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.
O magistral período das rádios, também no Brasil, criou diversas modas, mexeu com os costumes, inventou a participação popular – no mais das vezes, dirigida e didática. Têm elas um poder e extensão pouco comuns para um país que na época era rural. Inventam a cidade, popularizam o emprego industrial e acendem os desejos de migração interna e de fama. Enfim, no país dos bacharéis, médicos e párocos de aldeia, a ascensão social busca outros caminhos e pode-se já sonhar com a meteórica carreira de sucesso que as rádios produzem. Três caminhos podem ser trilhados: o de ator, o de cantor ou o de locutor.
Adoniran percebe as possibilidades que se abrem a seu talento. Quer ser ator, popularizar seu nome e ganhar algum dinheiro, mas a rejeição anterior o leva a outros caminhos. Sua inclinação natural no mundo da música é a composição mas, nesse momento, o compositor é um mero instrumento de trabalho para os cantores, que compram a parceria e, com ela, fazem nome e dinheiro. Daí sua escolha recair não sobre a composição, mas sobre a interpretação.
Busca conquistar seu espaço como cantor – tem boa voz, poderia tentar os diversos programas de calouro. Já com o nome de Adoniran Barbosa – tomado emprestado a um companheiro de boêmia e de Luiz Barbosa, cantor de sambas, que admira – João Rubinato estreia cantando um samba brejeiro de Ismael Silva e Nilton Bastos, o Se você jurar. É gongado, mas insiste e volta novamente ao mesmo programa; agora cantando o belo samba de Noel Rosa, Filosofia, que lhe abre as portas das rádios e ao mesmo tempo serve como mote para suas composições futuras.
A vida profissional de Adoniran Barbosa se desenvolve a partir das interpretações de outros compositores. Embora a composição não o atraia muito, a primeira a ser gravada é Dona Boa, na voz de Raul Torres. Depois grava em disco Agora pode chorar, que não faz sucesso algum. Aos poucos se entrega ao papel de ator radiofônico; a criação de diversos tipos populares e a interpretação que deles faz, em programas escritos por Osvaldo Moles, fazem do sambista um homem de relativo sucesso. Embora impagáveis, esses programas não conseguem segurar por muito tempo ainda o compositor que teima em aparecer em Adoniran. Entretanto, é a partir desses programas que o grande sambista encontra a medida exata de seu talento, em que a soma das experiências vividas e da observação acurada dá ao país um dos seus maiores e mais sensíveis intérpretes.
O mergulho que o sambista fará na linguagem, suas construções linguísticas, pontuadas pela escolha exata do ritmo da fala paulistana, irão na contramão da própria história do samba. Os sambistas sempre procuraram dignificar sua arte com um tom sublime, o emprego da segunda pessoa, o tom elevado das letras, que sublimavam a origem miserável da maioria, e funcionavam como a busca da inserção social. Tudo era uma necessidade urgente, pois as oportunidades de ascensão social eram nenhumas e o conceito da malandragem vigia de modo coercitivo. Assim, movidos pelos mesmos desejos que tinha Adoniran de se tornar intérprete e não compositor, e a partir daí conhecido, os compositores de samba, entre uma parceria vendida aqui e outra ali, davam o testemunho da importância que a linguagem assumia como veículo social.
Todavia, a escolha de Adoniran é outra, seu mergulho também outro. Aproveitando-se da linguagem popular paulistana – de resto do próprio país – as músicas dele são o retrato exato desta linguagem e, como a linguagem determina o próprio discurso, os tipos humanos que surgem deste discurso representam um dos painéis mais importantes da cidadania brasileira. Os despejados das favelas, os engraxates, a mulher submissa que se revolta e abandona a casa, o homem solitário, social e existencialmente solitário, estão intactos nas criações de Adoniran, no humor com que descreve as cenas do cotidiano. A tragédia da exclusão social dos sambistas se revela como a tragicômica cena de um país que subtrai de seus cidadãos a dignidade.
O seu primeiro sucesso como compositor vira canção obrigatória das rodas de samba, das casas de espetáculo: Trem das Onze. É bem possível que todo brasileiro conheça, senão a música inteira, ao menos o estribilho, que se torna intemporal. Adoniran alcança, então, o almejado sucesso que, entretanto, dura pouco e não lhe rende mais que uns minguados trocados de direitos autorais. A música, que já havia sido gravada pelo autor em 1951 e não fizera sucesso ainda, é regravada novamente pelos “Demônios da Garoa”, conjunto musical de São Paulo (esta cidade é conhecida como a terra da garoa, da neblina, daí o nome do grupo). Embora o conjunto seja paulista, a música acontece primeiramente no Rio de Janeiro, com sucesso retumbante.
Arguto observador das atividades humanas, sabe também que o público não se contenta apenas com o drama das pessoas desvalidas e solitárias; é necessário que se dê a este público uma dose de humor, mesmo que amargo. Compõe para esse público um dos seus sambas mais notáveis, um dos primeiros em que trabalhou a nova estética do samba.
Entre a tentativa de carreira nas rádios paulistas e o primeiro sucesso, Adoniran trabalha duro, casa-se duas vezes e frequenta, como boêmio, a noite. Nas idas e vindas de sua carreira tem de vencer várias dificuldades. O trabalho nas rádios brasileiras é pouco reconhecido e financeiramente instável, muitos passaram anos nos seus corredores e tiveram um fim de vida melancólico e miserável. O veículo que encanta multidões, que faz de várias pessoas ídolos é também cruel como a vida; passado o sucesso que, para muitos, é apenas nominal, o ostracismo e a ausência de amparo legal levam cantores, compositores e atores a uma situação de impensável penúria.
Adoniran sabe disto, mas mesmo assim seu desejo cala mais fundo. O primeiro casamento não dura um ano; o segundo, a vida toda: Matilde. De grande importância na vida do sambista, Matilde sabe com quem convive e não só prestigia sua carreira como o incentiva a ser quem é e como é, boêmio, incerto e em constante dificuldade. Trabalha também fora e ajuda o sambista nos momentos difíceis, que são constantes. Adoniran vive para o rádio, para a boêmia e para Matilde.
Numa de suas noitadas, de fogo, perde a chave de casa e não há outro jeito senão acordar Matilde, que se aborrece. O dia seguinte foi repleto de discussão. Entretanto, Adoniran é compositor e dando por encerrado o episódio, compõe o samba Joga a Chave.
Dono de um repertório variado de histórias, o sambista não perdia a vez de uma boa blague. Certa vez, quando trabalhava na rádio Record, onde ficou por mais de trinta anos, resolveu, após muito tempo ali, pedir um aumento. O responsável pela gravadora disse-lhe que iria estudar o aumento e que Adoniran voltasse em uma semana para saber dos resultados do estudo... quando voltou, obteve a resposta de que seu caso estava sendo estudado. As interpelações e respostas, sempre as mesmas, duraram algumas semanas... Adoniran começava se irritar e, na última entrevista, saiu-se com esta: “Tá certo, o senhor continue estudando e quando chegar a época da sua formatura me avise..”
Nos últimos anos de vida, com o enfisema avançando, e a impossibilidade de sair de casa pela noite, o sambista dedica-se a recriar alguns dos espaços mágicos que percorreu na vida. Grava algumas músicas ainda, mas com dificuldade – a respiração e o cansaço não lhe permitem muita coisa mais – dá depoimentos importantes, reavaliando sua trajetória artística. Compõe pouco.
Contudo, inventa para si uma pequena arte, com pedaços velhos de lata, de madeira, movidos a eletricidade. São rodas-gigantes, trens de ferro, carrosseis. Vários e pequenos objetos da ourivesaria popular – enfeites, cigarreiras, bibelôs... Fiel até o fim à sua escolha, às observações que colhe do cotidiano, cria um mundo mágico. Quando recebe alguma visita em casa, que se admira com os objetos criados pelo sambista, ouve dele que “alguns chamavam aquilo de higiene mental, mas que não passava de higiene de débil mental...” Como se vê, cultiva o humor como marca registrada. Marca aliás, que aliada à observação da linguagem e dos fatos trágicos do cotidiano, faz dele um sambista tradicional e inovador.
Casou-se em 8 de dezembro de 1936 com Olga Krum, com quem teve sua única filha, Maria Helena Rubinato, nascida em 23 de setembro de 1937. João e Olga desquitaram-se judicialmente em 1943 e a filha ficou aos cuidados da irmã de João, Ainez Rubinato Salgado (1909-1992). Após o desquite, constituiu nova família com Matilde de Lutiis, que o acompanhou até a morte, mas nunca tiveram filhos.
Olga Krum constituiu nova família com o advogado José Luís Varela de Almeida (1915-2010), com quem teve outras quatro filhas. Olga morreu em 1991.
Sua filha, Maria Helena Rubinato é tradutora.
Adoniran Barbosa morreu em 23 de novembro de 1982, aos 72 anos de idade. Estava internado no Hospital São Luís tratando um enfisema pulmonar. Foi sepultado no Cemitério da Paz, conforme seu desejo. Deixou sua companheira de mais de quarenta anos, Matilde de Lutiis.