sábado, 18 de setembro de 2010

HOMENAGEM - 40 ANOS SEM JIMI HENDRIX


Seu som era tão alto que alcançava as nuvens no céu. As cordas de sua guitarra foram um símbolo de sua revolta e de sua genialidade. Quarenta anos depois da morte de Jimi Hendrix, seus acordes ainda ecoam nos tempos, buscando espaço entre a lua e as estrelas, porque ele faz parte do universo como um meteoro que destruiu paradigmas. Existe uma guitarra antes e outra depois de Jimi. Ele não teve o primeiro grau completo na escola e não sabia ler e nem escrever música, mas tinha uma genialidade musical absoluta. Justamente por não conhecer a teoria nem da música, nem da guitarra, ele se aproximou da sua fiel Fender Stratocaster como se fosse um instrumento sem passado – portanto, repleto de futuro. Ele reinventou. Mostrou que não se tocava com as cordas, mas com toda a extensão do instrumento. Hendrix colocava sua alma, todo o seu corpo ao tocar, e abusava da guitarra: barra de trêmulo, distorção - pedal de wha-wha -, microfonia, trastejadas, ruído, sujeira. Tudo era expressão e música em seus ouvidos. “Era um gênio. Isso dava pra notar. Qualquer coisa como uma mistura de Beethoven e John Lee Hooker.”, afirma o baixista Billy cox, que tocava com o mestre. Hendrix está vivo, hoje. Suas canções permanecem jovens para sempre. No fim dos anos 60, o tempo, suspenso, brincava de faz de conta e reluzia o paraíso, onde perigo não era palavra, o pecado não existia. A morte se fincava na realidade como uma ilusão e o prazer era uma possibilidade alcançável e eterna. O estranho blues do céu vazio e pleno, o rock traduzido em uma nova vertente era fácil, tão óbvio. Buscar outros sons sem nenhum esforço, tirar músicas somente com o ouvido era como um salto, lento, flutuando no ar, bem próximo das asas prateadas do doce anjo. Em seu livro “Domador de Raios, Ana Maria Bahiana, define o maior guitarrista de todos os tempos com precisão: “Hendrix aparece como um mago da linhagem de heróis domadores de trovões que a mente humana sempre arquitetou. Alguém que, movido pelo puro impulso, pela intuição bruta, corre todos os riscos, mergulha no fogo das experiências e dele sai iluminado”. O instrumento que ele dominava foi seu grande amor. “A guitarra era mulher, e era sedutora. E poderosa. Havia um imenso poder ali, dormindo naquele corpo de fibras e cordas”.

Fonte:
http://farofaapimentada.blogspot.com




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