segunda-feira, 11 de maio de 2009

DA CENA ELETRONICA

SMOKE ISLAND NA DJ MAG

O jornalista Ivi Brasil fez uma bela imagem da nossa cena eletrônica em uma matéria na última edição da revista DJ Mag Brasil. Se você está no Rio, São Paulo ou tem uma banca de revistas bem antenada perto da sua casa, adquira a sua.
Aqui em Vitória não rola a distribuição da revista, mas a matéria sobre a Smoke Island, você confere aqui.


Onde há fumaça há fogo
Por Ivi Brasil
Smoke Island é uma referência à Vitória, capital do Espírito Santo, que se situa numa ilha. É de lá que vêm sinais de fumaça que indicam onde está este fogaréu de informação e música, inflamável ao menor contato com adoradores de dancinhas e novidades sonoras. Smoke Island (smokeisland.com) é ao mesmo tempo label digital e blog, espaço para ideias circularem, para criar parcerias entre bandas, DJs e produtores. “Tem muita coisa boa aqui em Vitória, porém sem um espaço – tanto aqui quanto no Brasil –, então a gente tinha que fazer o nosso por necessidade mesmo”, conta Marcel Dadalto, um dos cabeças do projeto. “E uma coisa legal daqui é que todo mundo se conhece, não tem essa de cena de techno, cena do rock, cena da house. É tudo uma cena só, a cena da música.”
Deste cenário heterogêneo capixaba saiu Smoke island compilation I, coletânea digital que reúne nove projetos bastante interessantes em nove faixas prontas para a pista de dança. E como disse Marcel – integrante da banda Zémaria e do duo Black Cash, e ainda o cérebro por trás das alcunhas Monk Ponk e Naji Nahaz – a variedade sonora é marca registrada da compilação. Outros nomes que estão em Smoke island compilation I são Trepax, Mickey Gang (em remix de Naji Nahaz), Audiomindz, Fuel, Controle Technique e Joe-Zee, uma reunião de pessoas de diferentes gerações que criam música de vanguarda.
Enquanto o Zémaria era da turma da virada do milênio, a banda Mickey Gang é formada por garotos de 18 a 20 anos de idade, criados na frente de computadores. O produtor veterano Alex Cepile, que fez parte do Zémaria e hoje toca os projetos Zeela e Joe-Zee (este com Perez Lisboa), diz que o Smoke Island é “uma vitrine para a nova música feita no Espírito Santo, e acredito que seja só o começo de um novo e tão aguardado boom local.” Pitadas de maximal e minimal, timbres soturnos, blips, suavidade, atitude rock, techno e house, arranjos modernos, vozes e vocoders, momentos retrô e originalidade permeiam a compilação e vazam para outras produções e lançamentos do Smoke Island como um todo.
O label-blog se tornou um ponto de encontro de profissionais e amantes de música. Em um ano, o selo fez 19 lançamentos e já existem outros na fila. Os artistas que participam da compilação vão, um a um, lançar seus trabalhos próprios, quatro EPs saíram em março, e entre abril e maio outros oito ganham as pistas. Interrogado sobre a paternidade do projeto Smoke Island, Marcel desconversa e afirma: “eu articulo as ideias do selo, criei o site, seleciono os lançamentos, ajudo na mixagem ou na masterização de alguns projetos, mas a Smoke Island não seria o que é sem a ajuda e a dedicação de todos os artistas envolvidos com o selo.” Que o Espírito Santo derrame sua música sobre nós!

http://www.djmag.com.br

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