Banda capixaba de hardcore formada no início de 1998, em Coqueiral de Itaparica, cidade praiana localizada em Vila Velha (Espírito Santo) composta por integrantes das bandas Teen Lovers, Mukeka di Rato e Merda. Com letras que utilizam muito sarcasmo, histórias de experiências próprias dos integrantes, muita melodia e versões inusitadas. A Banda atualmente possui em sua discografia 6 álbuns oficiais e 2 discos demos. Sendo as duas Demos, Os Pedrero - K7 em 1999 e The Onça is Gonna Die lançada no ano seguinte.
O que dizer dos jovens? Representam a rebeldia em seu estado mais bruto. Alguns são arruaceiros, a vergonha do bairro, alguns são criaturas engraçadas e apaixonadas, outros apenas roqueiros embriagados, sem contar aqueles preguiçosos que acordam ao meio-dia e odeiam ajudar seus pais em casa.
Os Pedrero representam a essência disso tudo. Suas músicas são como um diário adolescente onde são imortalizadas suas aventuras, paixões, desejos, e até mesmo frustrações e momentos de rancor. A banda se formou no início de 1998, em Coqueiral de Itaparica, roça praiana localizada em Vila Velha (Espírito Santo), e gravaram a recreativa demo-tape "Os Pedrero" no final desse ano. Entre os anos de 1999 e 2000 surge uma gravação "fantasma" que a banda aproveita para divulgar durante sua passagem por Belo Horizonte (MG) e através da internet.
Mas 2001 é indiscutivelmente o ano de maior importância para Os Pedrero eles gravam e lançam em agosto pelo selo Läjä Räkords, seu primeiro CD “Hard Rock Dreams” contando com 16 variadas canções. O CD abre com "Poxa!" um rock dançante e sentimental, seguida do punk rock básico e empolgante de "Just a Copy" onde são citadas as influências de Ramones, Queers e FYP. Os Pedrero não querem ser somente uma banda de rock, mas sim uma banda de rock "tosca", onde reine: três acordes, bases simples, refrões grudentos e principalmente diversão. Se em "Eu te odeio!!!" e "Eu odeio trabalho" o que prevalece é a rebeldia jovial e - aparentemente - sem causa, em "London Girl", "Pedacin" e no já proclamado hit "Amor é Muito Bom" o clima é de total romance. A diversidade da banda não pára por aí, "Friday on Aloha" é uma atordoada surf music e "KLAU" demonstra que bubblegum também está no cardápio deles. Encerrando o CD com estilo "Heavy Metal Night", quase um hino hooligan versão hard rock, o ponto alto dos shows, o ápice das performances sempre cativantes e ousadas da banda. A criatividade que circula no sangue desses rapazes faz com que eles usem pseudônimos, que mudam de acordo com o estado de espírito (ou etílico). Em 2002, a banda Os Pedrero lançaram “Estilo Selvagem Rock’n Roll”, onde a formação da banda mudou. Viraram quarteto e a onça voltou pra capa. Treze novos petardos, uma mais rock que a outra. Não se reprima com "Menudo Capixaba". Maravilhas como "Jhenny Paula", "Please, Please, Please" e "Latifundio do Amor". O disco fecha com "I Wanna Be a Poser".
O terceiro CD vaio em 2004, com o lançamento de “Cavera Y Macaco”. É mais podre que todos outros JUNTOS! São 12 sons, começando pela que deu nome ao disco. Depois tem "Ritalina" que é uma versão "meiga" de "Heloísa" do Teen Lovers. Mais coisas belas como "Ah, Eu Se Fodi!", "Roberto Carlos Allin" e "Só Te Usei". Além de "Cadê Você", de Bené Alves. O disco fecha com "My Rich Friends", ao melhor estilo hard rock farofa (da favela). No ano seguinte, de cara uma foto na capa do cd com um sujeito fazendo o maior estilão “galã de estação rodoviária” e escorado numa moto Honda que deve ser dos anos 80. O título do disco? O Motoqueiro Doido! Só podia ser coisa da Laja e d’Os Pedrero.
Seguindo a proposta apresentada nos três discos anteriores, a gangue de Mr. Rotten Wine segue fazendo um punk rock mesclado com um rock sujão, ou melhor, rawk, com letras hilárias e non-sense. Mais rock do que punk, Os Pedrero devem ser encarados como mais uma das grandes bandas da cena independente, e não mais como uma “brincadeira” paralela dos caras do Mukeka Di Rato, como alguns fãs ainda insistem em afirmar.
Além de faixas baseadas no “speedy crappy rock n’ roll”, que inclusive batiza uma das canções, como as excelentes “Menino Com Doença”, a baladinha descornada “Toco de Gabriela” e “Rodovia da Morte”, ainda tem espaço para “Holocausto”, cover dos uruguaios do Motosierra, parceiros d’Os Pedrero no crime.
No ano de 2009, lançaram o CD “Sou Feio Mas Tenho Banda”, onde a produção foi feita por Rafael Ramos (Pitty, Matanza, Cachorro Grande, entre outros) e traz dois convidados especiais: Phillipi, do Dead Fish, e Jimmy, vocalista do Matanza. Destaque para a música “A Iniciação de Cristina”. Depois do bem sucedido “Sou feio, mas tenho banda” de 2009, a banda capixaba Os pedrero disponibilizou seis novos sons na Trama Virtual [http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/os_pedrero] e lançou no final do passado, em vinil, seu mais recente disco, “Pin up gordinha”. Parafraseando o título de outro disco deles, conseguiram nesse novo trabalho manter o estilo selvagem e Rock n´Roll dos anteriores. Com humor e sarcasmo peculiares, são exatamente e sem desmerecer a nobre profissão, a tradução do estereótipo do bronco que fala de figuras e acontecimentos da cena com a sutileza da massa, pedra, cal, cimento rebocando uma parede. Nas letras, dado o singelo nome da banda não podíamos mesmo esperar por letras lindas que embalam corações apaixonados. A faixa título abre o disco e “Pin up gordinha” retrata uma personagem comum nos atuais shows de Hardcore. Segundo o vocalista Mr. Rotten Wine, são para garotas mais ou menos arrumadas, nada independentes e fora de forma que, como diz a letra “toma remédio misturado com cana / vomita e diz que quer mais / com uma saia de seda e calcinha de onça / me lambe com o dinheiro dos seus pais”. “Agarrar Mulher Feia a Força” segue nessa mesma linha. Mais fofo e irônico, impossível. Com aquele preceito crente de que piercing e qualquer furo ou marca no corpo é coisa de gente possuída, “Tatuagem do diabo” está aí para ser uma espécie de hino dos marginalizados. Se as máximas do machismo e do Rock n´Roll que coça o saco não foram suficientes até então, precisa ouvir “Alcoolismo” e “Sua bouca gatinha”. Essa última nasceu quando Odair José encontrou o Social Distortion para uma jam. “50 Segundos de Fúria” é a mais “normal”, rockzinho básico sem frescura e ainda segundo o vocalista, é “tipo um Screeching Weasel da favela”. Lançado pela Läjä Records, o disco foi todo feito com recursos e produção local (em Vitória/ES). Produzido por Fabio Mozine (baixista das bandas Mukeka di Rato e Merda) e por Ricardo Mendes no Estúdio Cachalote, teve artwork assinada por Victor Stephan da banda Os Estudantes. Tosco, básico, sem firula. Do jeito que os endemoniados gostam.
INTEGRANTES:
Mr. Rotten Wine - Baixo e Voz (1998-atualmente)
Tonny Powzer - Guitarra e Voz (2001-atualmente)
Jhonny Larva - Guitarra e Voz (2001-atualmente)
Smelly Boy - Bateria (2006-atualmente)
DISCOGRAFIA:
(1999) OS PEDRERO K-7 (demo tape)
(2000)THE ONÇA IS GONNA DIE (demo tape)
(2001) HARD ROCK DREAMS
(2002) ESTILO SELVAGEM ROCK’N ROLL
(2004) CAVERA Y MACACO
(2005) O MOTOQUEIRO DOIDO
(2009) SOU FEIO MAS TENHO BANDA
(2010) PIN UP GORDINHA
ASSISTAM TAMBÉM AOS VÍDEOS CLIPES DOS PEDRERO NO YOUTUBE.
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