quarta-feira, 22 de agosto de 2012

ÍDOLOS DA MPB

Vida. Por Zeca Baleiro
Conta a lenda maranhense que certo dia um pescador encontrou uma imagem de São José em alto-mar. Ele então recolheu o santo, voltou para a vila, e lá ergueu uma igreja em seu nome - São José de Ribamar (riba, a parte mais elevada).
A Origem.
Lian e Maria, dois comerciantes cristãos, saíram de Homs, na Síria, em 1905, rumo ao Brasil. Aportaram primeiro em Recife, Pernambuco, depois em Arari, interior do Maranhão. Lá, montaram uma loja e se estabeleceram. Tiveram sete filhos, entre eles, Antonio, meu pai.
Conta a lenda que ao serem registrados, o escrivão não conseguia escrever o sobrenome árabe. Então, teria sugerido: 'Que tal Santos?', no que foi totalmente aprovado, para encurtar conversa.
Felinto era um sapateiro violeiro. Casou-se com Hilda, que cantava no coro da igreja. Tiveram quatro filhos, entre os quais Socorro, minha mãe.
O Apelido.
Sempre fui um implacável consumidor de doces, balas e toda sorte de guloseimas. Quando ingressei na Universidade, entre uma aula e outra, saboreava minhas balas. Como já era sabido que eu sempre tinha (balas, hein, gente... é bom que se diga!), quando alguém desejava comer uma, vinha a mim. Daí para começarem a me chamar de Baleiro foi um passo. Confesso que, a princípio, aquilo não soava bem aos meus ouvidos.
O tempo passou, e dois anos mais tarde, num ímpeto inexplicável, resolvi abrir uma loja de balas, tortas e doces caseiros, a Fazdocinhá - nome tirado de uma tradicional cantiga de roda. Aí já não importava se eu gostava ou não do meu novo nome.
O Signo.
Nasci em 11 de abril de 1966. Sou ariano, do terceiro decanato, com ascendente em Câncer e Lua em Capricórnio. No horóscopo chinês, sou Cavalo de Fogo.

Discografia:
Zeca Baleiro (1997) - Por Onde Andará Stephen Fry
O coração do homem bomba (2008)
O disco do Ano (2012)
 

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