Se existe de verdade uma (fada) madrinha do samba, com certeza ela responde pelo nome de Elizabeth Santos Leal de Carvalho, ou simplesmente Beth Carvalho.
A lista de consagrados sambistas que lhe rendem homenagens, e a intitulam de madrinha, é grande: Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Grupo Fundo de Quintal, Luiz Carlos da Vila, e tantos outros.
Carioca, nascida em família de amantes da música, Beth Carvalho gravou seu primeiro disco em 1965; em 1966 já participou do Show “A Hora e A Vez do Samba” ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela; gravou “Folhas Secas” do Cartola em 1972 e Lançou “As Rosas Não Falam” em 1976; projetou Nelson Cavaquinho de quem era grande amiga, ou seja, foi uma verdadeira “ponte” de ligação entre o tradicional e o novo do samba carioca.
Toda tradição cultural necessita, em algum momento, de renovação, de um “sopro” de jovialidade, porém normalmente o problema é a forma como isto acontece. Neste caso, como intérprete, Beth atuou como uma orientadora, fazendo a ponte entre os compositores tradicionais e apresentando a essência do gênero musical a compositores mais novos, revelando novos talentosos, compositores e instrumentistas.
Mais de 28 discos gravados, seis Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, nove Discos de Platina, e uma carreira de 45 anos dedicada à defesa da música brasileira, a transformaram na mais representativa interprete do samba brasileiro.
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