Peter Hook (Salford, 13 de fevereiro de 1956) é um baixista, músico, autor e produtor musical britânico. Ele é mais conhecido por ter sido o baixista da banda de rock e música eletrônica New Order e, anteriormente,Joy Division.
Ele foi co-fundador do Joy Division , juntamente com Bernard Sumner em meados dos anos 1970. Após a morte do vocalista Ian Curtis em 1980, a banda foi reformada como New Order, Hook foi o baixista até sair da banda, em 2007.
No início, alguns jornalistas acreditavam que o nome do grupo, que em português quer dizer "nova ordem", fazia referências a Adolf Hitler. Na realidade, o termo utilizado pelos integrantes significava uma nova fase na carreira dos músicos.
Seu estilo característico de tocar, usando notas agudas e melódicas, fez com que na época do Joy Division o descrevessem como "um baixista que achava que estava tocando guitarra solo" (afirmações semelhantes foram feitas para John Entwistle dos Who e Chris Squire dos Yes). O estilo único e imediatamente reconhecível de Hook continuou com os New Order, se tornando ainda mais melódico e agudo do que no Joy Division. Essa abordagem pouco usual foi muito influenciada, segundo o próprio Hook, pelo equipamento de má qualidade que ele usava no início da sua carreira. Com um equipamento tão simplório, ele era apenas capaz de ouvir claramente o seu amplificador quando tocava notas mais agudas.
Entretanto, no livro Touching from a Distance, biografia do finado ex-vocalista do Joy Division, Ian Curtis, a viúva Deborah Curtis relata uma história diferente. Numa ocasião em que Bernard Sumner teria saído de férias, Ian teria dito ao empresário da banda, Rob Gretton, que não achava que Sumner fosse tão bom na guitarra e que o Joy Division deveria ter um segundo guitarrista. Ao retornar, Bernard ficou sabendo desse comentário e ficou furioso. Então, para satisfazer Ian e não desagradar Bernard, Peter começou a tocar notas mais agudas. Entretanto, a história sobre a má qualidade do equipamento é tida como a oficial.
Um dos grandes "segredos" do som agudo e melódico das linhas de baixo de Peter Hook é um pedal de efeito chorus Electro-Harmonix Clone Theory. Em uma entrevista, Peter disse que o pedal pertencia originalmente a Bernard Sumner e que este o revendeu pelo dobro do preço pelo qual havia comprado.
Em entrevistas, Peter Hook chegou a mencionar que suas principais referências no baixo são John Entwistle (The Who), Paul Simonon (The Clash) e Dee Dee Ramone (Ramones). Destes dois últimos, Peter não apenas foi influenciado pelo estilo simples de tocar, sem virtuosismos, como era de hábito no punk rock, como também se inspirou na forma de segurar o instrumento, com o baixo na altura dos joelhos.
Peter Hook é uma influência para gerações de baixistas. Alguns que já admitiram serem muito influenciados por ele, são: Adam Clayton (U2), Simon Gallup (The Cure), Colin Greenwood (Radiohead), Eric Avery (Jane's Addiction) e Carlos Dengler (Interpol).
Revenge foi uma banda formada por Hook (vocal, baixo, teclados), o cantor Rawhead Davyth Hicks (Dave Hicks) na guitarra e vocal, e Chris Jones (teclados). A banda foi formada durante um hiato do New Order entre 1989 e 1990, e teve seus shows finais em Janeiro de 1993. Após o álbum "One True Passion" ser lançado em 1991, o Revenge foi acompanhado no palco por David Potts (baixo e guitarra) e Ash Taylor na bateria.
Monaco foi um projeto paralelo de Hook. Juntamente com David Potts, o único membro remanescente da Revenge, a banda foi formada em 1995. O grupo é mais conhecido pelo single "What Do You Want from Me?" de 1997.
Em 2010, Hook lançou o livro autobiográfico "The Haçienda: How Not to Run a Club", que conta a história da fundação, ascensão e fechamento da casa de shows que ele foi um dos fundadores em Manchester, a The Haçienda teria sido um dos pilares da cenaAcid house do Reino Unido, foi inspirada na The Factory, e era administrada pelo New Order e pelo Tony Wilson.
A boate e casa de shows da banda, a Hacienda, foi o clube mais famoso do mundo nos anos 90.
Vendido e reformado, o Hacienda virou um condomínio residencial. E Hook usou a experiência para criar, em 2012, um curso sobre promoção e gerenciamento na indústria musical na Universidade de Lancashire.
— A melhor coisa que posso fazer sobre isso, após tanto tempo, é dar conselhos sobre o que não fazer, uma das minhas especialidades — diz ele, que continua investindo na noite, hoje como um dos sócios do clube Factory 251, no mesmo prédio onde funcionava a gravadora Factory, que lançou tanto Joy Division como New Order, entre outros grupos. — No rescaldo da crise econômica, hoje é mais complicado gerenciar uma casa noturna do que nos anos 1990. Além do mais, há a violência que ainda afeta Manchester, conduzida por pequenos grupos de delinquentes, sem contar os excessos de álcool, um problema que atinge todo o Reino Unido há muito tempo. Mas ainda acredito que a diversão é a melhor forma de lidar com tudo isso. De qualquer forma, sou sócio minoritário do Factory. Prefiro me concentrar na música e nos meus projetos paralelos.
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