quinta-feira, 11 de junho de 2015

MINI BIOGRAFIAS

Paul Bruce Dickinson nasceu na pequena cidade de Worksop, Inglaterra, filho de uma vendedora de loja de calçados e um mecânico do exército. Inicialmente, Bruce foi criado pelos avós, que parecem ter feito um bom trabalho, já que o homem não se contenta com um único emprego: além de vocalista da maior banda de Heavy Metal da história, ele é piloto de avião, apresentador de rádio, esgrimista, escritor e empresário.
Sobre sua infância, Bruce comentou: “eu cresci num ambiente que me mostrou que o mundo nunca iria me fazer nenhum favor. E eu tinha poucos amigos, porque estávamos sempre nos mudando. Eu acho que isto é um dos motivos que me fizeram crescer me sentindo meio intruso. Eu não tive uma infância triste, mas uma infância não convencional, para dizer o mínimo”.
O primeiro disco que Bruce teve foi o single “She Loves You”, dos Beatles, que ele conseguiu após muito insistir para que seu avô comprasse. “Eu tinha apenas quatro ou cinco anos, mas eu realmente adorava aquela cena, The Beatles e Gerry & The Pacemakers… Eu percebi que eles tinham “lados B”, e às vezes eu gostava mais deles do que os “lados A”. Foi quando eu comecei a perceber a diferença entre música boa e música ruim”, recorda. Para Bruce, foi nessa época que ele começou a pensar como um músico. Ele tentou tocar o violão que seus pais tinham, mas desistiu quando começou a ter bolhas nos dedos.
Quando tinha 13 anos, Bruce se apaixonou por uma vertente mais pesada do Rock n’ Roll. “Eu escutei o “In Rock” do Deep Purple, e ele me destruiu! Eu ouvi este som vindo do quarto de alguém (Nota do redator: Bruce morava numa pensão para alunos de uma escola da cidade de Oundle), então eu entrei e perguntei, ‘uau, o que é isso?’. Então os caras me olharam simultaneamente e disseram, ‘é “Child in Time” do Deep Purple. Você não conhece?’. O primeiro álbum que comprei foi o “In Rock”, todo arranhado, mas eu achava ótimo”.
Algum tempo depois, Bruce foi expulso da escola por ter urinado no jantar do Diretor.
Em 1976, já de volta à casa de seus pais, Dickinson se juntou à sua primeira banda, chamada inicialmente de Paradox. Mais tarde, por sugestão de Bruce, eles mudaram o nome para Styx, sem saberem que já existia uma banda norte-americana com este nome. A Styx conseguiu notoriedade nos jornais locais, após um metalúrgico – que foi acordado pela apresentação do grupo – ter expulsado a banda do palco à base de garrafada.
Depois de deixar a escola, Bruce não sabia o que queria faze e se juntou ao exército, porém não estava satisfeito e deixou a vida militar aos seis meses. Ele tentou uma vaga na universidade e tinha as notas mínimas para entrar no curso de História na “Queen Mary College”, em Londres.
Nesta época Dickinson formou a Speed, banda que, segundo ele, era uma mistura de Judas Priest e The Stranglers, com um órgão hammond em cima de tudo. “O nome não tinha nada à ver com (a droga) “speed”. Nós éramos uma banda completamente careta, apenas tocávamos tudo ridiculamente rápido. Era “Speed Metal”, só que 10 anos antes”, explicou Bruce.
Depois disto Bruce entrou numa banda chamada Shots, de onde saiu a primeira gravação que participou: a canção “Dracula”, que pode ser conferida na coletânea “The Best of Bruce Dickinson”.
Em 1979, Bruce se juntou ao Samsom e logo depois saiu o primeiro disco do grupo (Bruce não canta no disco. Ele já estava pronto antes do vocalista entrar no Samsom). A banda lançou mais dois discos – desta vez com Bruce – “Head On” e “Shock Tactics”, e em 1981 Dickinson resolveu deixar banda por não estar satisfeito pelas “metas” do guitarrista e líder, Paul Samsom, que só queria beber, trepar e se drogar.
Em setembro de 1981 ele fez um teste para o Iron Maiden, no qual cantou “Remember Tomorrow”. Mal a canção terminou, e os integrantes falaram: “o emprego é seu”. À partir daí, todos sabem a história: o Iron Maiden, disco após disco, foi escrevendo seu nome na galeria dos gigantes da música, se tornando a maior banda de Heavy Metal do mundo. “The Number of The Beast” – nenhuma canção do álbum foi creditada a Bruce, por causa de problemas contratuais com o Samsom, mas ele contribuiu tanto quanto os outros integrantes no álbum – “Piece of Mind”, “Powerslave”, “Somewhere in Time”, Seventh Son of a Seventh Son”, “No Prayer for The Dying” e “Fear of The Dark” foram os lançamentos do Maiden na primeira perna da carreira de Bruce na banda.
Em 1993 Bruce deixou o Maiden para se concentrar em sua carreira solo, que havia começado em 1989, com o excelente “Tattooed Millionaire”. Seu segundo disco solo, “Balls to Picasso” mantém o nível no alto, com grandes canções, como “Change of Heart”, “Cyclops”, “Shoot All The Clowns” e o megahit “Tears of The Dragon”. O trabalho seguinte, “Skunkworks”, é o mais controverso de sua carreira, quando Bruce se afastou um pouco do Heavy Metal – já havia dado algumas amostras disso no “Balls To Picasso” – mas ainda assim é um disco de qualidade.
Para o álbum seguinte, Bruce chamou seu antigo companheiro de Maiden, Adrian Smith – que deixou a banda após o “Seventh Son…” e foi substituído por Janick Gers, guitarrista que gravou e excursionou com Bruce durante o “Tattooed Millionaire” – para cuidar das guitarras. A união dos dois deu certo e o fantástico “Accident of Birth” foi lançado. Bruce ainda lançou mais dois discos solos, “The Chemical Wedding” e “Tyrany of Souls” – este último quando já estava de volta ao Maiden.
Em 1999 Bruce e Adrian retornaram ao Iron Maiden, que se tornou um sexteto pela primeira vez em sua história – e lançaram ótimos álbuns: “Brave New World”, “Dance of Death” e “A Matter of Life and Death”, que apesar de tudo, ainda hoje são motivos de calorosas discussões entre os fãs, que se dividem entre os que gostam e os que não gostam da nova direção musical que a banda vem lentamente tomando.
Além de ter o emprego de vocalista da maior banda Heavy Metal do planeta, Bruce ainda encontra tempo para ser piloto de avião – ele é dono de uma pequena companhia aérea – “Bruce Airlines” – e é funcionário da “Astraeus Airlines”, onde pilota, comercialmente, “Boeings 757”. Na turnê “Somewhere Back in Tour”, O Iron Maiden e toda sua equipe excursionaram pelo mundo, a bordo do “Ed Force One”, um “Boing 757”, pilotado por Bruce e por outro capitão.
Bruce também deixou sua marca na literatura, quando em 1990 lançou o livro “The Adventures of Lord Iffy Boatrace (As Aventuras do Lord Iffy Boatrace)”, sobre o personagem, criado por Bruce, que vive em busca de uma vida de riquezas. O livro vendeu 30 mil cópias imediatamente, o que fez com que a editora pedisse uma seqüência para Dickinson, que em 1992 lançou “The Missionary Position”. O vocalista também escreveu a estória do filme “Chemical Wedding”, uma ficção cientifica meio terror, lançado em 2008 e que, apesar do título, não possui nenhuma ligação com o álbum de mesmo nome. Além de escrever, Bruce também compôs a trilha sonora e fez uma pequena aparição no filme.
Como esgrimista, Bruce iniciou sua trajetória quando tinha 13 anos. Por volta de 1983, após um tempo sem se dedicar ao esporte, ele voltou a treinar seriamente e chegou a participar de competições internacionais. Bruce chegou a ser ranqueado como o 7º melhor esgrimista da Inglaterra no sabre – a arma mais violenta e ágil da esgrima. Bruce tinha chances de disputar as Olimpíadas de Barcelona, em 1992, mas o mais perto que chegou dos Jogos Olímpicos foi quando em Atlanta, 1996, sua empresa de material de esgrima, “Duellist Ltd”, patrocinou James Willians, o único esgrimista representante do Reino Unido naqueles Jogos.
Esta foi a história do lendário “Air Raid Siren” (Sinal de Ataque Aéreo), apelido que Bruce ganhou por causa da potência de sua voz. O homem realmente é hiperativo, ou então o dia dele tem 36 horas!

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