terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O REAL MOTIVO PORQUE O PAPA PEDIU PRA SAIR

 
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Tadinho, bixo, que robada!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

FOTO DO DIA

Big Drill Car

Big Drill Car era uma banda punk pop / hardcore melódico grupo de Huntington Beach, Califórnia , que foram ativas do final dos anos 1980 e meados da década de 1990 e brevemente outra vez em meados dos anos 2000 (década).  O grupo nunca ganhou qualquer público mainstream, mas foram uma influência sobre os seus contemporâneos - mais notavelmente ALL , Chemical People e Dag Nasty - ao lado de quem eles são considerados os pioneiros do som que viria a ser chamado hardcore melódico .
 Big Drill Car lançou um EP, Small Block , em 1988, antes de ser assinado a Cruz Records (propriedade do ex- Black Flag guitarrista Greg Ginn ) e lançando dois álbuns de estúdio. A banda finalmente se separaram com essa gravadora e então assinou contrato com a Headhunter Records , que lançou No Worse fot the Wear, o último álbum da banda até à data.
De novo se separam em 1995, mas se reuniu para uma série única de shows em 2008 e 2009, com a formação clássica original.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

TOP AGENDA

ÊTA JESUS MARAVILHOSO! Eis que a musa pop do Senhor CLEYCIANNE FERREIRA retorna à ilha para um culto especial na primeira BAGACEIRA de 2013! A edição vem marcar a nova fase da diva divina, que incluiu o Antimofo como parte de sua turnê gospel pelo Brasil.

A celebração toma corpo na sexta-feira, 22 de fevereiro, a partir das 22 horas, no Espaço Celebration, em Jardim da Penha. Venha dançar pelos pecados e conferir de perto a luz desta convidada mais que abençoada!

BAGACEIRA: ABENÇOADA EDITION
... Sexta, 22/2, 22h
Espaço Celebration

DJ CONVIDADA
Cleycianne Ferreira

DJs
23h Gabriel Kulza
00h Calorina
01h Wally
02h Claycianne
03h B1TCHSLAP!
04h LikeArthur

PROMOÇÃO
Drinks com Guaraná Jesus

ENTRADA*
R$10 até 0h
R$15 após 0h

*Pagamento somente em dinheiro.

CENSURA
18 anos com documento original de identificação com foto

LOCAL
Espaço Celebration
Av. Saturnino Rangel Mauro, 505
Jardim da Penha – Vitória – ES
(Rua do Canal, próximo à Ponte Ayrton Senna)

INFORMAÇÕES
(27) 9299 3254
(27) 8856 0875
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SEXTA DO ROQUE
Bandas:

OLD ROCK
Fazendo um grande tributo a lendas do rock como: Black Sabbath, Iron Maiden, Dee Purple, Ozzy entre outras.
DOSAGE - Heavy Metal
OLD SCOTCH - Blues Band
POWERFAITH - Heavy Metal

+DJ VEGATEKK e DJ PEN DRIVE.

Local: BAR PÓS GRADUAÇÃO - Vila Velha/ES
(ao lado do terminal de V. Velha)
Hora: A partir das 22hs
Ingressos:R$5.00

Informações: 8116-3325 (vivo) | 9988-8840 - Paulo Carvalho
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Um dos mais renomados músicos da nova geração da cena eletrônica, Péricles Martins, produtor por trás de todo o projeto Boss In Drama pela primeira vez no ESPÍRITO SANTO, exclusividade da FANFARRA! Pioneiro nacional numa sonoridade que vem conquistando clubes no mundo inteiro, Boss in Drama se lançou em 2007 o Brasil na rota produtiva de nu-disco, electro-funky, electro-pop ou algo que vague nesse universo – e soe como uma autêntica lembrança de Daft Punk, Chromeo ou Breakbot em poucos segundos.

O produtor... foi revelado na abertura do festival Motomix de 2006, na época ainda parte do extinto projeto de electro-rock Gomma.

Artista vencedor do prêmio VMB, da MTV, O BOSS IN DRAMA já dividiu o palco com grandes nomes da música como Franz Ferdinand, Art Brut, Radio 4, Annie, Modeselektor, KT Tunstall, Diplo, LCD Soundsystem e Shir Khan, tendo sido elogiado por vários artistas e produtores consagrados.

Em suas performances ao vivo, Péricles é energético e explosivo, onde ninguém fica parado: canta, dança, remixa e faz diversas intervensões interativas.

Lançou em 2011 o álbum PURE GOLD, sendo considerado pela e conceituada revista Rolling Stone e pela crítica especializada como um dos melhores álbuns de 2011/2012. É uma das atrações do próximo festival LOLAPALOOZA, em SP.

E é com toda essa bagagem que o BOSS IN DRAMA chega em Vitória apresentar seu novo álbum, pela primeira vez e com exclusividade dia 22 de fevereiro no palco da Rouge House! na FANFARRA #7 | BOSS IN DRAMA, que conta ainda com os DJ’s residentes da FANFARRA e um convidado que já é de casa, MURILO CALDAS (DAFT POBRE), em sets que prometem muita alegria!

FANFARRA #7 | BOSS IN DRAMA | ROUGE HOUSE

▲▼LINE UP:

▲▼ RAFAHELL (FANFARRA)
▲▼ JOINT (FANFARRA)
▲▼ BOSS IN DRAMA (DJ SET)
▲▼ MURILO CALDAS (DAFT POBRE)

GLAM DOOR BY FASHIONBLESS

INGRESSOS:

1° LOTE PROMOCIONAL COM COMISSÁRIOS: R$ 20,00
(Comissários: João Carneiro, Murilo Caldas, Rafael Bezerra de Carvalho)

2° LOTE: 30,00

NA PORTARIA: MEDIANTE DISPONIBILIDADE E CONSULTA NO LOCAL

PONTOS DE VENDA:

KAFFA CAFETERIA- JARDIM DA PENHA- PRÓX. RUA DA LAMA

OUTLAST- PRAIA DO CANTO (RUA JOAQUIM LÍRIO) E SHOPPING PRAIA COSTA

MR.CABANA- SHOPPING VITÓRIA

● Entrada com pagamento somente em dinheiro. Para os serviços internos, a Rouge House aceita todos os cartões (menos Banescard). Não se aceita cheques.

● Acesso a portadores de necessidades especiais
.
● INFORMAÇÕES: 9996 2992 (RAFAEL), 9810 5992 (JOÃO)

● Proibida entrada de menores de 18 anos. A apresentação de documento original com foto é obrigatória

PATROCÍNIO:

WAVE TURISMO- www.waveturismo.com - Tel: (27) 3025-2639

FOUR TOWERS HOTEL- www.fourtowershotel.com.br - Tel: (27) 3183-2500

ROUGE HOUSE CLUB
● Endereço: Rua João Joaquim da Mota, 390, Praia da Costa, 29101-140
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Teatro de Viana - ES
  • O projeto, Oficina para Roadies (profissionais na área de shows) e Contra Regras (profissionais na área de teatro e TV ) consiste em capacitar pessoas para trabalhar no setor artístico em diversos seguimentos: música, teatro, dança e cinema. Utilizando uma linguagem apropriada e de acordo com o mercado nacional, a oficina apresenta uma definição da profissão e aborda os principais tópicos para a f...ormação de um profissional nas áreas acima descritas, abrangendo desde o mercado, passando por etapas técnica...s, até as relações com profissionais do meio artístico.

    A oficina tem como principal objetivo demonstrar a linguagem utilizada na profissão de roadies e contra regras, a maneira correta de atuar no mercado de trabalho as técnicas necessárias., e como objetivo especifico capacitar os profissionais da área conferindo ao profissional respeito e credibilidade.

    Serão ministradas pela empresa PRO Roadies: há mais de dez anos no mercado capixaba com profissionais qualificados nas áreas de música, teatro, cinema e dança. São oficinas formatadas para atender ao crescente mercado cultural e interessado em se tornar um especialista nas áreas de contra regra (profissionais na área de teatro e TV ) para teatro, cinema e TV, “Roadie (profissionais na área de shows)” para shows e Festivais, operador de áudio para mesa de som digital e analógica, iluminador para Shows, teatro e TV, para os que já atuam nesta profissão e procuram aprimoramento.
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    23-02 | PUNK/HARDCORE matinee

    Bandas:

    HEADCLEAN - Cover Raimundos
    GABBA GABBA HEY - Cover Ramones (guarapari)
    SCALENOS - Hardcore
    TRACE - Hardcore
    MORDASSA - Hardcore Melodic
    VAZIO - Cover System Of Down


    Local: BAR PÓS GRADUAÇÃO - Vila Velha/ES
    (ao lado do terminal de V. Velha)
    Hora: A partir das 17hs
    Ingressos:R$5.00
    Classificação: Livre

    Informações: 8116-3325 (vivo) | 9988-8840 - Paulo Carvalho
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    Se 2013 começa em março, vamos já trazer dois sucessos do portfolio de volta!

    A BALLOON PARTY vem deixar o fim de semana mais divertido, com o melhor da música pop e afins, e brindes surpresa para os 100 primeiros! A festa é um dos grandes sucessos de 2012, e volta agora com força total!

    E não para por aí! Resgatamos a BACKSPACE, uma festa clássica que ferveu as pistas do Antimofo no Teacher's Pub, em 2008. Vamos transformar a pista interna do Celebration com os beats 80's e 90's! Espere muito synthpop, ...discopunk e new wave!

    O badalo será neste sábado, 23 de fevereiro, a partir das 22 horas, no Celebration.

    BALLOON PARTY + BACKSPACE
    Sábado, 23/2, 22h
    Espaço Celebration

    PISTA BALLOON (Externa)
    23h Ramons [Eletropop]
    00h Petra [Cool Pop Farofa]
    01h Vagner Rezende [Pop Indie Electro]
    02h Will 147 [Electro e Remix]
    03h DehComenta [Pop farofa]
    04h Gabriel Kulza [POP]

    PISTA BACKSPACE (Interna)
    00h Contrafogos
    01h Dani_C
    02h V1DALOKA DJs (Riot Grrl Vs. Vagner B.)
    03h Rike Sick

    PROMOÇÃO
    100 balões com 'surpresas' para os cem primeiros!

    ENTRADA*
    R$10 até 0h
    R$15 após 0h

    *Pagamento somente em dinheiro.

    CENSURA
    18 anos com documento original de identificação com foto

    LOCAL
    Espaço Celebration
    Av. Saturnino Rangel Mauro, 505
    Jardim da Penha – Vitória – ES
    (Rua do Canal, próximo à Ponte Ayrton Senna)

    INFORMAÇÕES
    (27) 9299 3254
    (27) 8856 0875
     
  • quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

    ÍDOLOS DA MPB

    No início dos anos 80, um garoto dourado do sol de Ipanema surpreendeu o cenário musical brasileiro. À frente de uma banda de rock cheia de garra, começou a dar voz aos impulsos de uma juventude ávida de novidades. Ele, Cazuza, era a grande novidade.

    O Brasil saía de um longo ciclo ditatorial e vivia um clima de democracia ainda incipiente, mas suficiente para liberar as energias contidas. Cazuza desempenhou um papel importante nesse processo. E quando as misérias e mazelas nacionais foram se desnudando, ele respondeu sem meias palavras.
    Na definição do dicionário, "cazuza" é um vespídeo solitário, de ferroada dolorosa. Deriva daí, provavelmente, o outro significado que o termo tem no Nordeste: o de moleque. Foi por isso que João Araújo, de ascendência nordestina, certo de que sua mulher Lúcia teria um menino, começou a chamá-lo de Cazuza, mesmo antes de seu nascimento. Batizado como Agenor de Miranda Araújo Neto, desde cedo o menino preferiu o apelido. O nome ele só viria a aceitar mais tarde, ao saber que Cartola, um dos seus compositores prediletos, também se chamava Agenor.

    Nascido a 4 de abril de 1958, no Rio de Janeiro, Cazuza foi criado em Ipanema, habituado à praia. Os pais - ele, divulgador da gravadora Odeon; ela, costureira - não eram ricos mas o matricularam numa escola cara, o colégio Santo Inácio, dos padres jesuítas. Como às vezes tinham que sair à noite, o filho único se apegou à companhia da avó materna, Alice. Quieto e solitário, foi um menino bem-comportado na infância.

    Na adolescência, porém, o gênio rebelde do futuro roqueiro se manifestaria. Cazuza terminou o ginásio e o segundo grau a duras penas, e, depois de prestar vestibular para Comunicação, só porque o pai lhe prometera um carro, desistiu do curso em menos de um mês de aula. Já vivia então a boemia no Baixo Leblon e o trinômio sexo, drogas e rock 'n' roll. Que ele amasse Jimi Hendrix, Janis Joplin e os Rolling Stones, tudo bem. Mas vir a saber que se drogava e que era bissexual, isso, para a supermãe Lucinha, não foi nada fácil. Assim como não foi, para o pai, ter que livrá-lo de prisões e fichas na polícia, por porte e uso de drogas.

    João Araújo não queria o filho na vagabundagem e, em 1976, arrumou emprego para ele na gravadora Som Livre, onde já era presidente. Lá, Cazuza trabalhou no departamento artístico, fazendo a primeira triagem de fitas de cantores novos, e na assessoria de imprensa. Depois foi divulgador de artistas na gravadora RGE, e, após sete meses de um curso de fotografia na Universidade de Berkeley, deu alguns passos como fotógrafo. Mas nada disso o satisfazia.

    Graças, contudo, a um outro curso - de teatro, dado pelo ator Perfeito Fortuna (grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone) - Cazuza acharia o seu papel. Não seria representar, mas cantar. É que na montagem da peça "Pára-quedas do coração", conclusão do curso, tudo o que ele fez foi soltar a voz, vindo a gostar muito da experiência. Afinal, música ele já respirava desde criança. Em casa mesmo, se acostumara a conviver com a presença de estrelas da MPB que seu pai produzia. Por que não se tornar também uma delas? Só faltava achar a sua turma.

    A expressão de sua repulsa diante desse quadro só pode ser comparada à coragem com que lutou por sua vida, no enfrentamento público da Aids. Lições de indignação e de dignidade; de como levar a vida na arte e "ser artista no nosso convívio".

    No pouco que viveu, Cazuza deixou uma obra para ficar. Bebeu na fonte da tradição viva da MPB para recriar, num português atual e espontâneo, cheio de gírias, e num estilo marcadamente pessoal, a poesia típica do rock. Com justiça, foi chamado de o poeta da sua geração.
    Roberto Frejat, guitarrista; Dé, baixista; Maurício Barros, teclados; Guto Goffi, baterista. Era 1981 e esses garotos precisavam de um vocalista para completar sua banda. Os ensaios aconteciam na casa de um deles no bairro de Rio Comprido, onde um dia apareceu Cazuza, enviado pelo cantor Léo Jaime. Sua voz, era adequadamente berrada para os rocks de garagem que os quatro faziam, agradou muito. Animado, o novo integrante resolveu então mostrar as letras que, na surdina, vinha fazendo havia tempos. Rapidamente o grupo, que se chamava Barão Vermelho e só tocava covers, começou a compor e aprontou um repertório próprio.

    Dos primeiros shows, em pequenos teatros da cidade, ao disco de estréia foi um pulo. No início de 1982 uma fita demo chegou aos ouvidos do produtor Ezequiel Neves, que, entusiasmado, a mostrou a Guto Graça Mello, diretor artístico da Som Livre. Juntos, eles convenceram João Araújo - de início, relutante, na condição de pai do cantor - a lançar a banda. Com uma produção baratíssima, "Barão Vermelho", gravado em dois dias, obteve boa recepção da parte de artistas. Entre estes, um dos maiores ídolos de Cazuza, Caetano Veloso, que incluiu "Todo amor que houver nessa vida" no repertório de seu show e criticou as rádios por não tocarem as músicas do grupo.

    "Todo amor que houver nessa vida" (registrada também, mais tarde, por Gal Costa, Caetano Veloso e outros intérpretes) foi um dos destaques de um disco que revelou ainda "Down em mim", "Billy Negão" e "Bilhetinho azul". No repertório predominavam rocks básicos, dançantes e juvenis, mas havia também blues, um gênero com o qual Cazuza se identificava desde que descobrira Janis Joplin. Sobre essas músicas o rouco cantor desfilava letras falando despudorada, escancaradamente de amor, prazer e dor. Ao sair o segundo disco, a reiteração dessas qualidades de estilo repercutiu na imprensa. Alguns críticos não tardaram a identificar ali a influência de mestres da dor-de-cotovelo, como Lupicínio Rodrigues, e da fossa, como Dolores Duran e Maysa - o outro lado da formação musical de Cazuza.

    Bem melhor gravado, "Barão Vermelho 2" foi lançado em julho de 1983. O álbum ainda não seria um sucesso comercial (vendeu cerca de 15 mil cópias, quase o dobro do primeiro), mas manteve o alto nível do repertório anterior, e arregimentou um público maior para a banda com músicas como "Vem comigo", "Carne de pescoço", "Carente profissional" e "Pro dia nascer feliz". Esta última consolidaria a dupla Frejat-Cazuza, tornando-se um grande sucesso no registro feito por Ney Matogrosso, a primeira estrela da MPB a gravá-los. A escalada do grupo nas paradas, contudo, estava prestes a acontecer.
    Se com "Bete Balanço", filme de Lael Rodrigues, o rock brasileiro dos anos 80 chegou às telas de cinema, com a música-título, feita de encomenda para a trilha, o Barão Vermelho chegou ao grande público. Registrada num compacto do início de 1984, a canção estourou, virando um marco no trajeto da banda, que também contracenava no filme. A música acabou incluída no terceiro LP, lançado em setembro daquele ano, para ajudar a sua comercialização. O que talvez nem tivesse sido necessário, pois "Maior abandonado", impulsionado pela faixa homônima, atingiu em dois meses a marca das 60 mil cópias vendidas, e em seis, das 100 mil.

    "Raspas e restos me interessam (...) Mentiras sinceras me interessam", em "Maior Abandonado"; "Você tem exatamente três mil horas/ Pra parar de me beijar (...) Você tem exatamente um segundo/ Pra aprender a me amar", em "Por que a gente é assim?"; "A fome está em toda parte/ Mas a gente come/ Levando a vida na arte", em "Milagres". Com achados como esses, presentes no novo álbum, Cazuza foi ganhando fama de poeta do rock brasileiro. Com muita energia, ele foi superando suas limitações como cantor. Suas atitudes irreverentes e declarações espalhafatosas, fizeram com que aparecesse cada vez mais como artista e personalidade. A princípio, tudo isso só contribuía para chamar a atenção para o grupo todo. Mas...

    Com o sucesso, e , conseqüentemente, com a maior exigência de profissionalismo, as diferenças se ressaltaram. O temperamento irriquieto de Cazuza pouco se adequava a uma agenda cada vez mais sobrecarregada de ensaios e entrevistas. Os desentendimentos foram crescendo. Em janeiro de 1985, o Barão fez uma bem-sucedida participação no festival Rock 'n Rio, abrindo shows para grandes atrações do rock internacional. A continuidade do sucesso, porém, não conseguiu evitar a separação do grupo. Em julho, quando o material para o próximo disco já estava selecionado, a notícia chegou aos jornais: enquanto os outros seguiriam com a banda, sua estrela partiria para uma brilhante carreira solo.

    Poucos dias depois, Cazuza voltava a ser notícia. Tinha sido internado num hospital do Rio com 42 graus de febre. Diagnóstico: infecção bacteriana. O resultado do teste HIV, que ele exigiu fazer, dera negativo. Mas naquela época os exames ainda não eram muito precisos.
    Gravado com outros músicos, o álbum "Cazuza" apresentou uma sonoridade mais limpa que a do Barão. Lançado em novembro de 1985, o disco inaugurou a fase individual do cantor e uma série de parcerias. Entre os co-autores das músicas figuraram dois antigos colaboradores: Frejat, que continuou parceiro e amigo de Cazuza, e Ezequiel Neves, outro velho e grande amigo, co-produtor, desde os tempos do Barão, de todos os seus discos.

    Cazuza assinou os maiores hits do novo álbum: em parceria com Ezequiel e Leoni, o rock "Exagerado", emblemático da sua persona romantico-poética, e a balada "Codinome Beija-flor", com Ezequiel e Reinaldo Arias. Mais dois rocks ficaram notórios. "Medieval II" fixou nas rádios seu auto-irônico refrão ("Será que eu sou medieval?/ Baby, eu me acho um cara tão atual/ Na moda da nova Idade Média/ Na mídia da novidade média"). E "Só as mães são felizes", que teve sua execução pública proibida pela censura. Escandalosa ("Você nunca sonhou ser currada por animais? (...) Nem quis comer sua mãe?"), a letra homenageou artistas malditos, como o escritor beat Jack Kerouac, citado no verso-título.

    Importante referência literária de Cazuza, ao lado de Clarice Lispector (cujo "A descoberta do mundo" tornou seu livro de cabeceira), Kerouac também teve um poema transcrito na contracapa do disco seguinte. Lançado em março de 1987, "Só se for a dois" foi o primeiro álbum de Cazuza fora da Som Livre, que resolvera dissolver o seu cast. Disputado por várias gravadoras, ele se transferiu para a Polygram, a conselho do pai. A essa altura, apesar da imagem de artista "louco", sua postura profissional já era outra. O rompimento com o Barão, junto com a liberdade artística que almejara, trouxera também a exigência de mais seriedade.

    "Só se for a dois" acrescentou novos sucessos à sua carreira, a começar pela canção-título, mas a música que estourou mesmo foi o pop-rock "O nosso amor a gente inventa (estória romântica)". Em seguida ao lançamento, uma turnê nacional mostrou um show mais elaborado que os anteriores, em termos de cenário e iluminação. Cazuza se aprimorava e decolava: seus espetáculos lotavam, suas músicas tocavam e a crítica elogiava seu trabalho.

    A essa época, contudo, ele já sabia que estava com Aids. Antes de estrear o show "Só se for a dois", tinha adoecido e feito um novo exame. A confirmação da presença do vírus iria transformar sua vida e sua carreira.
    Em outubro de 1987, após uma internação numa clínica do Rio, Cazuza foi levado pelos pais para Boston, nos Estados Unidos. Lá, passou quase dois meses críticos, submetendo-se a um tratamento com AZT. Ao voltar, gravou "Ideologia" no início de 1988, um ano marcado pela estabilização de seu estado de saúde e pela sua definitiva consagração artística. O disco vendeu meio milhão de cópias. Na contracapa, mostrou um Cazuza mais magro por causa da doença, com um lenço disfarçando a perda de cabelo em função dos remédios. No seu conteúdo, um conjunto denso de canções expressou o processo de maturação do artista.

    "O meu prazer agora é risco de vida/ Meu sex and drugs não tem nenhum rock 'n' roll", confessava ele, em "Ideologia". E: "Eu vi a cara da morte/ E ela estava viva", em "Boas novas". Rico e diverso, o repertório trouxe ainda um blues, o "Blues da piedade", uma canção "meio bossa nova e rock 'n' roll", "Faz parte do meu show", grande sucesso, e o rock-sambão "Brasil", que faria um sucesso ainda maior com Gal Costa. Tema de abertura da novela "Vale tudo", da Rede Globo, "Brasil" fez um comentário social forte sobre o país, com versos como "meu cartão de crédito é uma navalha". No disco, a temática social apareceu também em "Um trem para as estrelas", feita com Gilberto Gil para o filme homônimo de Carlos Diegues.

    Ainda em 1988 Cazuza recebeu o Prêmio Sharp de Música como "melhor cantor pop-rock" e "melhor música pop-rock", com "Preciso dizer que te amo", composta com Dé e Bebel Gilberto, e lançada por Marina. E apresentou no segundo semestre seu espetáculo mais profissional e bem-sucedido, "Ideologia". Dirigido por Ney Matogrosso, Cazuza buscou valorizar o texto no show, pontuado pela palavra "vida". Substituiu a catarse das performances anteriores por uma postura mais contida no palco. Tal contenção, porém, não o impediu de exprimir sua verve agressiva e escandalosa num episódio que causou polêmica. Cantando no Canecão, no Rio, cuspiu na bandeira nacional que lhe fora atirada por uma fã.

    O show viajou o Brasil de norte a sul, virou programa especial da Globo e disco. Lançado no início de 1989, "Cazuza ao vivo - o tempo não pára" chegou ao índice de 560 mil cópias vendidas. Reunindo os maiores sucessos do artista, trouxe também duas músicas novas que estouraram: "Vida louca vida", de Lobão e Bernardo Vilhena, e "O tempo não pára", de Cazuza e Arnaldo Brandão. Esta - título do trabalho - condensou, numa das letras mais expressivas de Cazuza, a sua condição individual, de quem lutava para se manter vivo, com a do povo brasileiro.

    Foi pouco depois do lançamento do álbum que ele reconheceu publicamente que estava com Aids, sendo a primeira personalidade brasileira a fazê-lo. Era então notória -e notável - a sua afirmação de vida. À medida que seu estado piorava, ao contrário de se deixar esmorecer ante a perspectiva do inevitável, Cazuza, ciente do pouco tempo que lhe restava, passou a trabalhar o mais que podia. Entrou num processo compulsivo de composição e gravou, de fevereiro a junho de 1989, numa cadeira de rodas, o álbum duplo "Burguesia", que seria seu derradeiro registro discográfico em vida.

    O trabalho seguiu um conceito dual - num dos discos, de embalagem azul, prevalecia o gênero rock; no outro, de capa amarela, MPB. Entre as suas últimas novidades, com a voz nitidamente enfraquecida, Cazuza apresentou clássicos de outros autores (como Antonio Maria, Caetano Veloso e Rita Lee) e duas músicas feitas com novas parceiras, Rita Lee e Ângela Rô Rô. A canção-título, com uma letra extensa atacando os valores da classe burguesa, chegou a ser tocada nas rádios, mas o álbum não obteve sucesso comercial e foi recebido discretamente pela crítica.

    Em outubro de 1989, depois de quatro meses seguindo um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza viajou novamente para Boston, onde ficou internado até março do ano seguinte. Seu estado já era muito delicado e, àquela altura, não havia muito mais o que fazer. Foi assim que ele morreu, pouco depois - a 7 de julho de 1990. O enterro aconteceu no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Sua sepultura está localizada próxima às de astros da música brasileira como Carmen Miranda, Ary Barroso, Francisco Alves e Clara Nunes.

    terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

    PRIMEIRO ENCONTRO

    O famoso "papo reto".
    kkkkkkkkkkkkkkkkk
    KKKKKKKKKKKK

    segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

    FOTO DO DIA

    Jawbreaker
    Em 1992 o influente Jawbreaker lançou o seu segundo disco de estúdio, chamado Bivouac.
    O álbum influenciou centenas de bandas que se formaram anos depois e os caras são tidos como uns dos responsáveis pela explosão do punk rock e depois do emo (original, não aquele distorcido dos anos 2000) e post-hardcore com nomes como At The Drive-In, Sunny Day Real Estate, The Ataris e tantos outros.
    Só pra ter uma ideia, Kurt Cobain foi fotografado usando uma camiseta da banda e o Foo Fighters já gravou uma cover de “Kiss The Bottle”, uma das favoritas dos fãs da banda.

    sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

    VOLTAMOS COM A PROGRAMAÇÃO NORMAL

    Bom final de semana para todos.

    quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

    ÍDOLOS DA MPB

    Batizada Maria Izildinha em homenagem à Santa Menina Izildinha descende de italianos de Nápoles, é paulistana do bairro do Brás, típico reduto de imigrantes italianos. De formação erudita, dos 5 aos 17 anos de idade, estudou piano e canto; em 1973 mudou-se para a Salvador (Bahia) com o irmão, José Possi Neto, prestou vestibular para faculdade de composição e regência (UFBA). Após dois anos de curso, abandonou a faculdade e iniciou-se num curso de teatro, na mesma época em que participou da montagem do musical Marilyn Miranda. Em um projeto para a prefeitura soteropolitana, trabalhou como professora de música para crianças — filhos de prostitutas no Pelourinho —, gravou jingles comerciais e participou de especiais da televisão local. O irmão deixou o Brasil quando ganhou uma bolsa de trabalho para Nova York, e Zizi agora sozinha na Bahia, rumava para o Rio de Janeiro: "Quando vi o avião sumindo no ar, entendi que minha vida estava por minha conta. Me deu uma solidão… E percebi que a Bahia já não fazia mais esse sentido todo para mim. Meu irmão já não estava mais lá e, profissionalmente, eu já tinha feito tudo que podia".

    Em 1978, já morando no Rio de Janeiro, sobrevivia fazendo tradução do italiano para o português; até que Roberto Menescal (então produtor da gravadora Philips) deixou um recado debaixo da porta, onde morava com mais sete meninas: “Olhei o bilhete e pensei: ‘Esse cara não é da bossa nova? Será que ele quer que eu também faça backing vocal para ele? Quando atenderam o telefone era "da Phillips"....e eu pensei: ué, será que o R. Menescal trabalha numa loja de Departamentos?". Zizi assinou contrato com a gravadora Philips, mais tarde Polygram (atualmente Universal Music), que lançaria quase todos os discos. Aos 22 anos, gravou o primeiro LP, Flor do Mal (1978), e o primeiro grande sucesso foi a canção Pedaço de Mim, faixa de um disco de Chico Buarque, autor da canção interpretada num dueto, que também daria título ao segundo álbum da carreira, datado de 1979, no qual outras duas canções se destacariam: "Nunca" e "Luz e mistério"

    Paralelamente ao lançamento do disco e espetáculo Um Minuto Além (1981), ganhou o primeiro prêmio, de cantora-revelação pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Dê um Rolê (1984) e Amor e Música (1987). Os discos nesta época tinham uma linha comercial e as canções para trilha sonoras de telenovelas atendiam a tendências mercadológicas, o que caracterizava de uma maneira geral a produção musical dos anos 80.
    Em 1982 gravou a canção que seria um dos maiores sucessos da carreira, Asa Morena, do disco homônimo. O grande sucesso de Asa Morena trouxe o primeiro disco de ouro. Do disco homônimo lançado em 1982, foi um sucesso radiofônico e comercial e considerada uma das 100 canções mais populares do século XX. o cantor e compositor Gonzaguinha compôs especialmente para a sua voz  a canção "Viver, amar, valeu", gravada no mesmo disco.
    Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Zizi integrou o grupo seleto de intérpretes que viajaram o país apresentando a peça, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados, para uma platéia de mais de duzentas mil pessoas. Zizi interpretou a canção-tema O Grande Circo Místico, composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história de amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século. Edu Lobo é um dos compositores com quem Zizi tem grande afinidade, com uma presença frequente nas obras, a exemplo das trilhas dos musicais Ópera do Malandro e Cambaio e dos balés A dança da meia lua e O grande circo Místico: "Ela faz disparar o coração das pessoas. Qualquer ideia que a Zizi tiver na vida eu vou sempre querer fazer com ela" (Edu Lobo).
    Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África com o projeto USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
    A época foi marcada também por larga exposição da vida pessoal ao lado da cantora e compositora Ângela Ro Ro; a mídia sensacionalista explorou o relacionamento à exaustão e a canção "Escândalo" (Caetano Veloso) foi gravada por Ro Ro sobre o episódio e lançada como faixa-título do disco (1981).
    Em 1986 lançou aquele que foi um dos grandes sucessos, Perigo, que integrou a trilha sonora da novela Selva de Pedra (Rede Globo), que a torna extremamente popular em todo o país. Em 1989 lançou aquele que é considerado por muitos, inclusive pela própria cantora, um dos melhores discos: Estrebucha Baby — trabalho que marcou o afastamento do padrão comercial radiofônico da época, recebido com frieza e que foi um fracasso comercial. A época também definiu a saída da gravadora, o fim do casamento de 6 anos com o produtor musical Líber Gadelha (fundador, em 1997, da gravadora independente Indie Records) e pai da filha, Luíza Possi, e o retorno à cidade natal, São Paulo.
    O espetáculo temático Sobre Todas as Coisas permaneceu em cartaz por dois anos e o repertório deste reunia canções consagradas entre outras do repertório do disco anterior. O grande sucesso deste acabou por originar o álbum homônimo, lançado em 1991 pela pequena gravadora Eldorado, em formato acústico; os músicos que a acompanham são Marcos Suzano (percussão), o multi-instrumentista Lui Coimbra (violoncelo, alternando-se com violão e charango), Jether Garotti Júnior e as participações especiais de Alex Meireles e Pier Francesco Maestrini (piano). Esta ideia soou como inusitada, surpreendente e inovadora à época.
    O CD, relançado em 2006, com uma tiragem limitada de mil cópias, foi um sucesso instantâneo -apesar de não veiculado pela imprensa, pois representou, esteticamente, uma mudança radical e vendeu mais que os discos até então. Concorrendo com Marisa Monte e Leny Andrade, por esse álbum ganhou dois prêmios: o extinto Prêmio Sharp (atual Prêmio Tim de Música) e pela APCA, de melhor cantora e melhor CD de MPB em 1991. Sobre Todas as Coisas foi reconhecido posteriormente como um divisor de águas na carreira. Devido ao afastamento da linha comercial e a transferência para essa gravadora independente onde conquistou maior liberdade na escolha do repertório, os trabalhos estavam desacreditados e com baixa expectativa de venda, mas a vendagem surpreendeu e o disco foi muito elogiado pela crítica especializada, onde explorou influências mais densas e teatrais, enquanto o subsequente era mais leve e jazzístico
    O segundo trabalho nesse caminho foi Valsa Brasileira (1993), lançado desta vez pela independente Velas, fundada por Ivan Lins e o parceiro Vítor Martins. O repertório trouxe regravações de canções pouco conhecidas de compositores consagrados, com destaque para a faixa-título, de autoria da dupla Chico Buarque e Edu Lobo, tal como fizera com a faixa-título do trabalho anterior, também da dupla de compositores. A partir de então, ambas as canções seriam regravadas em voga por toda a MPB. Com este álbum, que simulou uma incursão pelos arranjos eletrônicos, conquistou novamente o Prêmio Sharp de melhor disco de MPB, entrando no rol das grandes cantoras deste gênero. Valsa Brasileira também foi muito elogiado pela crítica especializada, devido ao repertório seletivo, cuidados técnicos e arranjos apurados. O espetáculo originado deste disco também obteve relevante sucesso, com uma marca personalista e desviando-se do padrão mercadológico vigente.
    A última obra da trilogia acústica intitula-se Mais Simples (1996), que marca o retorno à mesma gravadora multinacional da qual havia saído sete anos antes e o repertório apresentava canções consagradas e pouco conhecidas da MPB e do samba entre outras canções inéditas de compositores novatos e pouco conhecidos. O sucesso de vendagem voltaria quando do lançamento da primeira produção totalmente em uma língua estrangeira, Per Amore (1997), no qual interpretou clássicos da música italiana e garantiu à cantora um disco de ouro, um de platina e um duplo de platina. O maior sucesso do disco foi a faixa-título, originalmente gravada pelo tenor italiano Andrea Bocelli, que fez parte da trilha sonora da novela Por Amor, de Manoel Carlos (Rede Globo), impulsionando o repertório e as vendas, composto basicamente de canções napolitanas pouco comerciais. A ideia da gravação surgiu da comemoração das bodas de ouro dos pais, naquele mesmo ano —e também por ser neta de italianos.
    Nessa época, apostou numa maior diversificação de presenças nos espetáculos, percorrendo gerações variadas -e conquistou o Troféu Imprensa de melhor cantora do ano. Devido ao sucesso do primeiro álbum, lançou o segundo álbum em italiano, Passione (1998), considerado a continuação do anterior, cuja vendagem garantiu novamente um disco de ouro e de platina. A retomada do repertório brasileiro ocorre no álbum seguinte: Puro Prazer (1999), no qual concretizou um antigo projeto de gravar voz e piano. Tendo como destaque a gravação de Disparada e concorrendo pelo prêmio Grammy Latino com a cantora argentina Mercedes Sosa, uma das cantoras que maior influência exerceu na carreira; no entanto, a colombiana Shakira venceu nas três categorias. O repertório apresentou regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas e outras inéditas na voz, comemorando os dez anos de parceria entre a cantora e o pianista e maestro Jetther Garotti Júnior.
    Encerrava a década de 90 conquistando o Troféu Imprensa de melhor cantora (1999).
    A pedido de Marcelo Castelo Branco, presidente da Universal Music, lançou Bossa, no qual regravou canções nacionais e internacionais, de outros gêneros neste estilo. O disco, na contramão do que a gravadora havia proposto, não teve nenhum lançamento oficial nem qualquer trabalho por parte da empresa para divulgação ou distribuição. As apresentações de lançamento em SP e RJ foram financiadas pela própria cantora. Isso causou uma crise com a gravadora Universal e a cantora solicitou veementemente o desligamento da empresa, o que ocorreu ao final da temporada na casa de espetáculos Canecão (RJ, 2002). Esta crise de credibilidade de apalavramento entre a empresa e a cantora a levou a desistir definitivamente de longos contratos com gravadoras. Em decorrência de problemas familiares e de um processo de depressão, afata-se dos palcos, durante aproximadamente três anos.
    Em 2000 a Universal Music lançou a caixa tripla Três vezes Zizi, dos discos em italiano e ainda Puro Prazer, devido ao total de um milhão de cópias que os três venderam em conjunto. Nesse mesmo ano, a gravadora relançou os discos gravados na primeira fase, pela série Tudo e foi premiada na Itália em 2003 no Prêmio Carosone Internazionale. O retorno aos palcos ocorreu com o lançamento: Para Inglês ver e Ouvir (2005) com clássicos da música internacional, norte-americana e inglesa. O projeto, surgido com o repertório selecionado pela cantora para atender ao convite da casa paulistana de espetáculos noturnos Bourbon Street, foi gravado no Teatro Frei Caneca (São Paulo). Entre os méritos este conta ser o primeiro disco ao vivo lançado em 27 anos de carreira, o primeiro em inglês e o segundo DVD lançado, após Per Amore (originalmente lançado em VHS em 1998).
    Em 2007 cantou na abertura dos Jogos Mundiais Militares, ao lado de Toquinho, Jorge Aragão, Alcione e a banda Paralamas do Sucesso.
    Em 2008 lançou Cantos e Contos na casa paulista Tom Jazz, comemorando os 30 anos de carreira. As apresentações foram realizadas ao lado de colegas com quem mantém afinidade musical: Alcione, Alceu Valença, João Bosco, Eduardo Dusek, entre outros; da nova geração a cantora Luíza Possi e Ana Carolina. Dois anos depois, em 2010 foram lançados pela gravadora Biscoito Fino dois DVDs de forma avulsa, que apresentam os 39 números captados em 12 apresentações entre março e maio de 2008.
    Participou do álbum Elas Cantam Roberto Carlos; gravado ao vivo, lançado em CD e DVD em 2009, no qual vinte cantoras brasileiras homenageiam os 50 anos de carreira do cantor Roberto Carlos.
    Em 2011 a Parada Gay do Rio de Janeiro teve como canção-tema um dos sucessos da carreira, "A Paz".




    terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

    BATMAN TEM BONS AMIGOS

    Hashtag.
    Só que não.
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

    FOTO DO DIA


    Rage Against the Machine
     
    Os Rage Against the Machine (também conhecidos como Rage ou RATM) são uma banda de rock e rapcore norte americana. Foram uma das bandas mais influentes e polémicas dos anos 1990.

    Uma forte característica do RATM é a mescla de hip-hop, rock, funk, punk e heavy-metal, com letras enérgicas e politizadas. Junto com a música de protesto, demonstraram a luta pela causa política, contra a censura, a favor da liberdade e em prol dos menos afortunados.

    O som do grupo é bastante diferenciado, devido ao estilo rítmico e vocal de Zack de la Rocha e as técnicas únicas de Tom Morello na guitarra.

    Logo após a banda terminar em 2000 os três membros (Tom Morello, Tim Commerford e Brad Wilk) se juntaram a Chris Cornell ex-vocalista do Soundgarden e lançaram 3 álbuns com a banda Audioslave. Em 2007, os membros originais, após inicialmente anunciarem o regresso para um concerto único no festival Coachella, decidiram organizar uma digressão que se estenderá a diversos países, entre os quais Portugal.
    A história da banda começou por volta de 1991. A primeira apresentação dos Rage Against The Machine foi em Orange County. De seguida o grupo gravou uma demo de 12 músicas, músicas estas que constituiram, majoritariamente, o primeiro CD da banda. Venderam 5.000 cópias da demo revertendo o lucro para o seu clube de fãs e também em vários concertos na região de Los Angeles. Deram dois concertos no segundo palco, Lollapalooza II em Irvine Meadows, Califórnia. Ali assinaram um contrato com a editora Epic.

    No fim de 1992 os Rage Against the Machine fizeram uma digressão por toda a Europa realizando concertos para os Suicidal Tendencies. Terminada a digressão, lançaram o seu primeiro álbum, denominado "Rage Against the Machine", em 10 de Novembro de 1992. O disco vendeu mais de 3 milhões de cópias e esteve no Top 200 da Billboard durante 89 semanas. Inclui, entre outras músicas, Bullet In The Head, Bombtrack, Freedom, Wake Up (que entrou na banda sonora do filme Matrix, anos mais tarde), e também Killing In The Name, um protesto contra o militarismo norte-americano.

    Devido às suas atitudes e letras, os Rage Against The Machine foram censurados e proibidos de realizar concertos em muitos estados norte-americanos. Ironicamente, a censura fez a banda crescer, o que a fez encara-la e lutar contra ela em grandes protestos. Em 1993, realizaram espectáculos em beneficência da Anti-Nazi League e da Rock for Choice.

    No Lollapalooza III, desta vez no palco principal, os Rage Against The Machine subiram mas não tocaram. Fizeram apenas um protesto anti-censura contra a PMRC (Parents Music Resource Center), no qual cada membro da banda ficou de pé, nu, durante cerca de 15 minutos, cada um com uma fita preta na boca e com as letras P (Tim), M (Zack), R (Brad), e C (Tom) escritas no peito. Eles afirmaram: "Se não agirmos contra a censura, não teremos direito a ver mais bandas como os Rage!"

    sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

    UMA PÁTRIA, UMA NAÇÃO

    “Dedé é visto no Google Maps procurando o Rafinha.” 
    Bom final de semana, Mulambada.