quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ÍDOLOS DA MPB

 

Baden Powell é considerado um dos maiores violonistas de todos os tempos e um dos compositores mais expressivos da nossa música. Criador de um estilo próprio, foi o violonista mais influente de sua geração, tornando-se uma referência entre os violões havidos e a haver. Sua música rompe as barreiras que separam a música erudita da música popular, trazendo consigo as raízes afro-brasileiras e o regional brasileiro.
 
Baden nasceu no dia 06 de Agosto de 1937 em uma cidadezinha no norte do estado Fluminense chamada "Varre-e-Sai". Ele nunca soube me dizer porquê a cidade tem esse nome, mas sempre falou dela com muito amor. Dizia que seu pai o havia ensinado a ter saudades de "Varre-e-Sai". Meu avô se chamava Lilo de Aquino, mas tinha o apelido de "Tic", era sapateiro de profissão e chef de escoteiro. Meu pai ganhou o nome de Baden Powell em homenagem ao fundador do escotismo: o General britânico Robert Thompsom S. S. Baden Powell.
A música faz parte da história da nossa família há algumas gerações, meu bisavô, Vicente Thomaz de Aquino, foi um fazendeiro negro que fundou talvez uma das primeiras e únicas bandas de escravos que tocavam e cantavam suas raízes. Sempre ouví muitas histórias de meus ascendentes mas infelizmente não conheci meus avós. A família decidiu se mudar para o Rio de Janeiro e com apenas três meses Baden tornou-se carioca do bairro de São Cristóvão. Crecseu ouvindo música; contava as histórias de seu pai, violinista amador, que fazia reuniões musicais em casa com os amigos Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Jaime Florence (o "Meira"), entre outros bambas da música dessa época. Contava também que costumava acompanhar os saraus batucando no armário do quarto.

Com oito anos Baden se apaixonou por um violão que sua tia ganhara numa rifa. Ela não tocava nada e por isso o deixou pendurado na parede da sala. Baden ficava "namorando" o instrumento, mas era muito tímido pra pedir emprestado. Um dia não resistiu e pegou escondido o violão, enrolou-o em uma toalha e guardou debaixo da cama. Ficava descobrindo o som do instrumento e se encantando cada vez mais por ele, dizendo para si mesmo: "Eu vou tocar você!". Até que a mãe dele, limpando o quarto, achou o instrumento escondido e reagiu muito mal, exigindo que Baden o devolvesse a sua tia, coisa que ele se recusou. Quando "Seu Tic" chegou do trabalho, soube da história e entendeu que havia algum interesse se manifestando, ele decidiu iniciar o Baden nas primeiras posições de acordes do instrumento. Em poucas aulas Baden já havia esgotado o pouco conhecimento violonístico do pai e foi ecaminhado aos cuidados do Meira, grande mestre violonista que foi também professor de Rafael Rabello e Maurício Carrilho.
 
Baden aprendeu muito rápido, estudou violão clássico pela Escola de Tárrega e participava ainda iniciante das rodas de choro organizadas pelo professor: "O Meira colocava a gente sentado em volta da mesa e eu tinha que tocar tudo de ouvido, sem direito a erro, senão o pessoal brigava!", relembrava Baden.

A prática e convivência com os melhores músicos da época lhe valeram boa parte da sua sabedoria musical. Baden era um prodígio gênial e seu talento se desenvolveu muito rápido. No ano em que completou nove anos participou do programa de calouros "Papel Carbono", apresentado por Renato Murce na Rádio Nacional, e conquistou o primeiro lugar como calouro/solista de violão, interpretando o choro "Magoado" de Dilermando Reis. Concluiu o curso de violão em quatro anos, aos treze tinha no repertório uma transcrição própria do Muoto Perpetuo de Paganini. Um dia seus pais foram chamados por Meira, que lhes disse não ter mais nada a ensinar ao jovem virtuose. A partir daí, começou a atuar profissionalmente recebendo seus primeiros cachês em bailes e festas no suburbio e na boemia Lapa. O primeiro conjunto que formou foi um trio composto por Milton Banana na bateria e Ed Lincoln ao contrabaixo.

Terminado o ginásio no Instituto Cyleno, em São Januário, Baden começou a trabalhar como músico de orquestra na Rádio Nacional, e fez excursões pelo Brasil organizadas por Renato Murce onde os convidados principais eram artistas de cinema da época como Adelaide Chiozzo, Carlos Mattos, Eliana e Cyl Farney. Durante a década de 1950 integrou o Trio do pianista Ed Lincoln, atuando na Boite Plaza em Copacabana: ponto de encontro dos amantes da boa música, entre os quais figurava um certo jovem Antonio Carlos Jobim, admirador do violonista e também atuante na noite carioca. Sua fama de exelente músico se espalhou rápido e em pouco tempo ele já era um dos músicos mais requisitados entre cantoras, como Alaíde Costa e Elizeth Cardoso, e estúdios de gravação. Nessa mesma época Baden começou a compor com seus primeiros parceiros: Nilo Queiroz, Aloysio de Oliveira, Geraldo Vandré e Ruy Guerra. Nessa primeira leva nasceram "Deve ser amor", "Não é bem assim", "Rosa flor", "Conversa de poeta", "Vou por aí", "Canção à minha amada", mas seu primeiro grande sucesso veio em 1956: "Samba Triste" em parceria com Billy Blanco. No final da década de 50 ele gravou seu primeiro disco, "Apresentando Baden Powell e seu Violão", lançado pela gravadora Philips, que hoje é Universal.

No início da década de 60, Baden tocava na boate Arpège, em Copacabana, e recebeu a visita do poetinha Vinicius de Moraes, que foi assistí-lo. A parceria Tom & Vinicius já fazia barulho e Baden ficou muito entusiasmado com o convite do poeta para que fizessem umas "musiquinhas" juntos. "O Vinicius chegou me mostrando uma letra que ele disse ter feito pra toccata 147 de Bach, Jesus Alegria dos Homens, e cantarolou: - Entre as prendas com que a natureza… Aí eu pensei que ele era maluco, hahaha!". Marcaram uns três "bolos" (encontros aos quais, um dos dois sempre faltava) e depois se trancaram no apartamento do Vinicius durante quase três meses; violão, máquina de escrever e o melhor amigo do homem, segundo Vinicius, o cão engarrafado: Whiskie. O Vinicius, que ainda era diplomata, pediu uma licensa ao Itamarathy e ligou para os pais do Baden avisando que ele ia ficar em sua casa uns dias. Imagina, o Baden mal havia entrado na casa dos vinte e tomava guaraná! Durante esse período nacseram diversas composições, a primeira paerceria chama-se "Canção de ninar meu bem" e da mesma safra outras viraram clássicos da Bossa Nova e da MPB, como "Samba em Prelúdio", "Só por amor", "Bom dia amigo" e "O Astronauta". Entre essas parcerias se destaca uma suíte cuja a linha temática é a história dos Orixás (santos na religião do Candomblé), batizada de "Os Afros-Sambas", que talvez seja a obra mais característica da dupla. Em um depoimento Vinicius disse: "[…] o disco os 'Afros-Sambas' de Baden e Vinicius' realizou um novo sincretismo, deu uma dimensão mais universal ao candomblé afro-brasileiro".

E assim o movimento "Bossa Nova" ganhou uma nova vertente. O sucesso da dupla foi muito grande, Baden e Vinicius eram figurinhas fáceis no programa "O Fino da Bossa" apresentado por Elis Regina, que fez com que muitas dessas parcerias se tornassem sucessos. Conta a lenda que a letra do "Canto de Ossanha" foi escrita para Elis minutos antes de um programa ir ao ar, e ela cantou lendo o manuscrito do poeta como se já soubesse a música. A divina Elizeth Cardoso, amiga de Vinicius, também foi uma voz que imortalizou várias canções e sambas de Baden. Também Ciro Monteiro dedicou um disco à parceria chamado de "Baden e Vinicius".

Paulo César Pinheiro também foi um parceiro musical da maior relevância na obra de Baden. Juntos compuseram uma obra influenciada pelo samba e pelo choro, com letras inspiradas na liguagem popular e erudita. Paulo César Pinheiro é um letrista cuja poesia traduz fielmente as melodias de Baden. A obra desta parceria é uma evolução harmônica, melódica e poética do samba. O primeiro samba composto pela dupla foi "Lapinha", vencedor da I Bienal do Samba no ano de 1968, defendido por Elis Regina, que também imortalizou "Cai dentro", "Aviso aos navegantes", "Samba do perdão" e "Vou deitar e rolar".

Ainda durante a década de 60, Baden faz sua primeira visita à terra onde mais tarde se consagraria: a França. Na verdade, por motivos de força maior, Baden deixou de ir para os Estados Unidos, seu pai havia ficado muito doente e ele resolveu ficar no Brasil. Pouco tempo depois o “seu Tic” faleceu, deixando a lembrança de um Velho amigo, à quem Baden dedicou uma canção homônima, com letra do Vinicius.

Convencido por um amigo, não duvido muito que tenha sido o próprio Vinicius, de que a Europa tinha muito mais a oferecer do que os EUA, o Baden trocou sua passagem Rio-NY por uma Rio-Paris e embarcou para a cidade luz. Ele permaneceu na França por vinte anos e depois mais 5 na Alemanha, acho que ele realmente gostou de lá. O fato é que Baden se apaixonou por Paris e pelo povo francês, que o acolheu tão calorosamente. Chegando em Paris foi logo encaminhado ao Quartier Latin, bairro boêmio, onde se concentrava toda a juventude parisiense - reduto dos artistas e da efervecência cultural. Baden começou a tocar em pequenos restaurantes e bares e logo chamava atenção pela sua singularidade sonora. Ele sempre me disse para estar preparado musicalmente para qualquer situação, e me contava que entre duas músicas interpretava uma de suas releituras dos clássicos brasileiros como Manhã de Carnaval, captando a atenção de quem estava assistindo.

Ao final de três meses, prazo de isenção de visto concedido pela França a todo visitante, o compositor, ator e cineasta francês Pierre Barouh, que escreveu uma linda versão do "Samba da Benção" - "Samba Saravah" -, conseguiu que o Baden fizesse uma apresentação na primeira parte do show do cantor Jacques Brel. Foi a grande oportunidade de Baden: uma apresentação para um público entendido e apreciador de música. Bem como ele me aconselhou, estava mais do que pronto, e no final de seu concerto foi chamado mais 8 vezes de volta ao palco! Estavam na platéia agentes e empresários, diretores de gravadoras e jornalistas, todos impressionados e surpresos por uma música original e cheia de energia, que misturava samba com batuque, música clássica com improvisação, e lindas melodias dos já sucessos da Bossa Nova. Aquele foi o início de sua carreira internacional, a partir dali foram uma sucessão de propostas que resultaram em vários discos, tournées pelo mundo e parcerias inesquecíveis com diversos artistas com Stéphane Grappelli, Michel Legrand, Liza Minelli e Claude Nougaro, entre outros.

Baden Powell trilhou um caminho de sucesso, respeitado e reverenciado por sua musicalidade e genialidade como instrumentista. Ganhou reconhecimento mundial, deixando seus acordes gravados no coração de vários fãs pelo mundo. Gravou mais de 70 discos e recebeu diversos prêmios pelo conjunto de sua obra, deixando um imenso legado a todos os músicos e amantes da música. Sua influência é marcante e está presente nas novas gerações de músicos, contribuindo para a evolução da música brasileira.

 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ESSA É DE CHORAR

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Representou.
Ogro Style.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

FOTO DO DIA

Cake.

Você sabia que:

Cake = bolo. Segundo o vocalista, o nome não se refere só ao alimento, e sim a “algo que traiçoeiramente se torna parte da sua vida, como algo que gruda no seu sapato e fica lá até você tirar”. Nesse caso, cake vira verbo e significa justamente esse Grudar. Mas você lembra do verbo ao ler a palavra CAKE?
Embora a música do Cake seja frequentemente classificada como Rock Alternativo, ela combina vários gêneros musicais como funk, ska, pop, jazz, rap e country. Marcas registradas dessa banda são as letras bem-humoradas e irônicas, as capas de seus discos (bastante semelhantes), o trumpete de Vince DiFiore e o estilo peculiar de John McCrea (voz, guitarra), que em vários momentos enuncia as letras, ao invés de cantá-las.
Já houve diversas mudanças na formação do Cake. Victor Damiani (baixo) deixou a banda em 1997, dando lugar a Gabe Nelson. Um ano depois, Greg Brown (guitarra) foi substituído por Xan McCurdy. Finalmente, Todd Roper (bateria) abandonou o grupo depois da gravação do quarto álbum, Comfort Eagle, para priorizar seu filho. Depois da saída do Cake, Damiani e Brown continuaram a trabalhar juntos quando formaram a banda Deathray.
Alguns dos grandes sucessos desse grupo são "Never There", "Short Skirt/Long Jacket", "Frank Sinatra" e uma cover inusitada de "I Will Survive", da diva da música disco Gloria Gaynor.
O grupo abandonou a ideia de lançar um álbum ao vivo que já estava com título (Live at the Crystal Palace), mas lançou um de raridades (B-Sides and Rarities), que traz covers de "War Pigs", do Black Sabbath, e "Never Gonna Give You Up", de Barry White.
Em 11 de janeiro de 2011 a banda lançou o seu sexto álbum de estúdio: Showroom of Compassion

* Em homenagem a minha namorada, Carol Veiga.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

MADNESS

Loucos pelo final de semana!
Bom para todos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

TOP AGENDA

REFÚGIO DO ROCK

Mais uma noite dedicada ao Rock Internacional e Blues pela Dupla
Fabricio Miyakawa e Leo Nunes


Quinta, 25 de outubro, 19:30h
No Refugio da Mata

Mais uma Noite de Muito Rock Roll

Couvert
R$ 2,99

ABERTO DE TERÇA A SÁBADO COM VÍDEOS E SOM DO MAIS PURO ROCK'N ROLL!!!!
QUEM GOSTA VAI!!!!

Refugio da Mata
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Mata da Praia – Vitória
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Estamos formando um grupo para aqueles que querem conhecer e relaxar com a técnica de Renascimento.

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Aqui temos três histórias, o rock brasileiro dos anos 80, uma das principais bandas de nossa história e um dos melhores compositores da musica brasileira.

1980 – a década do rock no Brasil
Escrever sobre uma década em poucas linhas é uma missão impossível, a importância desse período ficou eternizado não só nas composições, registros, gravações, amplitude, mas sem dúvida, o quesito que torna os anos 80 tão extraordinário é a qualidade das bandas, cada uma no seu estilo, mas todas com muito cuidado em sua c...
omposições.

Barão Vermelho
Essa história vamos do final para o começo, em 2012 comemorando 30 anos do lançamento de seu primeiro álbum, o Barão Vermelho nunca deixou de ser relevante para o rock brasileiro.
Em sua trajetória, são inúmeros sucessos como Puro Êxtase, Por você, Meus bons amigos e ao contrário de muitas bandas que perderam seus vocalistas, o Barão se manteve firme e forte com Frejat assumindo os vocais, algo que nunca deixou de fazer, mesmo nos tempos em que seu parceiro de composições, Cazuza, era o frontman da banda.

Cazuza
Ele sempre foi um “porra loca”, figura conhecida na noite carioca, foi no Barão Vermelho que Cazuza iniciou seu caminho pra virar uma referencia na musica brasileira.
Sua composições acertam em cheio nosso emocional, uma mistura de inocência e malicia.
Mas foi em sua carreira solo, potencializada pela descoberta de sua doença fatal, que tornou Cazuza uma bomba. Ao contrário de muitas pessoas, ele tornou sua ferida aberta, cada letra, capa de revista, show, era um canal de expurgação de todas suas idéias e sentimento, uma forma de provocar e fazer pensar toda sociedade, sem perder sua beleza, inteligência e por mais que pareça contraditório, havia uma sutileza que só os gênios sabem usar.

Esse é o clima da próxima Pindorama, beleza e contestação, malícia e inocência, Barão Vermelho e Cazuza!

Pindorama – Especial Barão Vermelho e Cazuza
Quinta, 25/10, 20h
Celebration

Seletores:
Gustavo Txai
Rike Sick
Tiê Pordios

DJ Convidado:
Charles Jr.

Entrada:
10$

Promoção:
dose dulpa e 20% de desconto na entrada até as 22 horas

Local:
Celebration – Av. Saturnino Rangel Mauro, 505. Jardim da Penha, Vitória – ES.
(Rua do Canal, próximo à ponte Ayrton Senna)

*Vá de bicicleta – Leve seu cadeado e guarde sua bicicleta do lado de dentro*

Produção: Radiola Capixaba – http://www.facebook.com/radiola.capixaba
Realização: Antimofo – http://www.facebook.com/produtora.antimofo
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hoje damos início a mais um projeto no Ateliê Casa Aberta Espaço Moda & Arte, o "RITMOS DE QUINTA" (quinzenalmente uma programação noturna com moda, arte, gastronomia, música...e sempre com um estilo musical diferente) Vcs são
os nossos convidados e não podem perder hoje o super som de Jonias Feli e Edivan Freitas, além lógico, de poder curtir todas as outras delícias da Casa Aberta, afinal, quem vem aqui, se sente em casa, não é mesmo!
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Manifestação em homenagem a Luiz Gonzaga

Nesta SEXTA tem FORRÓ DA CURVA especial: Gonzaga - de pai pra filho
Uma programação super diferente pra você curtir o forró mais irado de sexta.

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O L.L.E.T. é um projeto que oferece uma visão panorâmica, eclética e de alta qualidade dos amplos aspectos presentes na criação de artes audiovisuais eletrônicas, sejam elas no universo musical ou imagético. Um espaco físico e efêmero, naturalmente preocupado com a sinergia entre o audio, visual, homem e máquina. A intenção é propiciar uma experiência efêmera através de performances ao vivo de artistas que experimentam híbridos sistemas visuais/musicais, revelando assim o potencial quase infinito de possibi...
lidades de transformações da arte eletrônica.

Dias 26 e 27 de Outubro (sexta e sábado), Ateliê Casa Aberta, Centro de Vitória.

Mais sobre o evento e programação:

http://www.pixxfluxx.com.br/blog/?page_id=334

Sobre os artistas e debatedores, acompanhe e curta a página do LLET:

http://tinyurl.com/9s28dqv
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DREAM.LUCID é um projeto de Instalação em artemídia incentivado pelo Programa Rede Cultura Jovem.

O projeto apresenta performances audiovisuais na busca de sensibilização, aprendizagem e compartilhamento de idéias.

Fruto de uma colaboração entre a artista internacional Wizaro, o artista multimídia Msensorial e o coletivo PixxFluxx, a Instalação é feita por meio da técnica de mapeamento visual propiciando um espaço imersivo como num sonho lúcido – a noção de que se está sonhando.
...

Veja a primeira experiência DREAM.LUCID no Universo Paralello Festival 11: http://bit.ly/P1ZLSg


Espaço Gourmet - Fine Cuisine
Comidas elaboradas a preço popular durante os 2 dias de evento.


Serviço:

DREAM.LUCID | Instalação em Artemídia

Data: 24 e 25 de outubro 2012 (quarta e quinta-feira)
Horário: 18h às 22h
Local: UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) - em frente a estátua do Cemuni V.
Endereço: Avenida Fernando Ferrari, 514. Campus Universitário Vitória - ES

Mais informações: 27 81879272
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ENTÃO GARELA!!!!
SHOW COM O INTUITO DE ARRECADAR FUNDOS PARA COMPRA DE FRAUDAS DO BB DE NOSSO MANO Jardel rangel guitarrista da banda CRULD proibidão do hardcore !!!!
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A noite de cover mais “rocker” da cidade promete esquentar a pista do Pub Em Reforma com as bandas The Singles e The Niroes, dois nomes quentes da cena capixaba. O encontro ocorre mais cedo, a partir das 20 horas deste sábado, 27 de outubro.

The Singles (The Beatles cover)
...

A The Singles vêm “rockando” os ares de Vitória desde 2004. Formada por Gabriel e Vitor Abaurre, Ricardo Pimenta, Marcelo Rabelo e Thales Carvalho, a banda propõe levar o bom e velho rock’n roll sessentista aos ouvidos de todas as gerações capixabas, brasileiras e inglesas também! Gabriel, Vitor e Ricardo (junto com o brasileiro/inglês Fernando Duarte) participaram da International BeatleWeek 2012 em Liverpool, Inglaterra, com a banda StarClubbers, tocando em locais sagrados como o Cavern Club. No show do próximo dia 27, a banda The Singles pretende reproduzir um pouco da energia e do repertório que animaram Liverpool em Agosto.

The Niroes (The Strokes cover)

Com forte influência do indie rock, o grupo formado em Vitória/ES desde fevereiro de 2012 se destaca como um cover com uma pegada um pouco mais pesada do que a da banda original. O The Niroes já fez shows no Teachers Pub e no Cine Rua 7, em Vitória, e no Liverpub, em Colatina. Passou pela troca de alguns integrantes até chegar na formação atual, que é a seguinte: Rodolpho Valdetaro nos vocais; Bruno Dalla e Luiz Lessa nas guitarras; Sandro Costa no baixo; e Daniel Galvão na bateria.

Abertura da casa: 20hs
The Singles: 21hs
The Niroes: meia noite
ingressos: R$20,00

Boa parte do públido da THE SINGLES é menor de idade. Por esse motivo o show começará mais cedo, permitindo que seus fãs possam permanecer até aproximadamente 23:30h.
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27-10 | HALLOWEEN ROCK PARTY

Uma festa de halloween regada de muito rock and roll
com as bandas VINGADOR do Rio de Janeiro que a 13 anos
faz um heavy/thrash metal pesado e bem executado, além
...
de várias outras bandas de peso do ES. É um evento pra
agradar a gregos e troianos. Vá fantasiado e concorra
a 2 ingressos para o show do Dr. Sin dia 11 novembro.

Bandas Confirmadas:

VINGADOR (RJ) - Heavy/Thrash Metal
LETHAL DOSE (RJ) - Hard/Heavy Metal
BURMINATION (ES) - Metal
POSTERUM (ES) - Cover Dream Theather
D'EVILS (ES) - Classic Rock
MANIFESTO DO CAOS (ES) - Crossover

+Fliperamas - Sinucas...

Local: BAR PÓS GRADUAÇÃO - Vila Velha/ES
(ao lado do terminal de v. velha)
Horário: 21:00hs em ponto!
Ingresso: R$10 na porta.
Classificação: 18 anos. Menor só com pai ou mãe.

Informações: 8116-3325 (vivo) | 9988-8840 - Paulo Carvalho

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ÍDOLOS DA MPB

SÉRGIO SAMPAIO – ONTEM E AGORA
  A trajetória errática do capixaba Sérgio Sampaio sempre desafiou explicações. Depois de sacudir o país em 1972 com a marcha-rancho “Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua” – um sucesso estrondoso, que realmente marcou época –, o compositor viu pouco a pouco sua carreira estagnar. Difícil de entender porque um artista de evidente talento – melodista sensível, poeta inspirado, expressivo cantor, violonista competente – acabou por  não alcançar, em seu tempo, a popularidade e o prestígio devidos. Há quem diga que o sucesso foi da música, não do cantor e compositor – uma análise um tanto simplista, mas não desprovida de um certo fundo de verdade.
  Nascido em 1947, em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Espírito Santo, filho de Raul Gonçalves Sampaio, maestro de banda e compositor, e de Maria de Lourdes Moraes, professora primária, Sérgio Sampaio recebeu do pai as primeiras influências musicais, tendo curtido na adolescência grande paixão pelo repertório seresteiro de Orlando Silva, Sílvio Caldas e Nelson Gonçalves. Em 1967, enamorado da ebulição cultural do Rio de Janeiro, foi para lá em busca de um lugar no céu estrelado da MPB. Atuou por dois anos como locutor de rádio nas AMs cariocas, enquanto desenvolvia também o seu trabalho musical. Em fins de 1970, foi descoberto acidentalmente pelo produtor Raul Seixas, quando acompanhava ao violão um aspirante a cantor, num teste na gravadora CBS.
  Contratado pela CBS, Sérgio fez sua estréia, em meados de 1971, com o compacto “Coco Verde/Ana Juan”, produzido por Raul. Meses depois, Raul, Sérgio e mais Míriam Batucada e Edy Starr gravaram o polêmico disco “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez”, que causou grande celeuma na CBS. Uma verdadeira sessão de escracho, com paródias e pastiches musicais temperadas com um humor corrosivo, esse trabalho trazia algumas parcerias de Sérgio e Raul, como o xote elétrico “Quero ir” e o acid rock “Doutor Pacheco”. No mesmo ano, o artista defendeu no V FIC sua composição “Ano 83”, que permanece inédita em disco. 
  Em 1972, já integrando o elenco da Phillips/Phonogram, Sérgio apresentou no sétimo e último FIC a marcha-rancho “Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua”. Mesmo não tendo sido a vencedora, a música foi o maior sucesso do evento. O compacto lançado a seguir venderia cerca de 500 mil unidades. Em meio ao êxito avassalador da música, Sampaio, jovem e sem dispor ainda de uma estrutura profissional sólida, adotou uma postura arredia frente ao intenso assédio da mídia, o que acabaria lhe custando a fama de artista “temperamental” e “difícil”.
  Em março de 1973 foi lançado seu primeiro LP, que levou o título de seu maior sucesso. Embora trazendo sambas de apelo popular (“Cala a Boca, Zebedeu”, de autoria de seu pai, e “Odete”) e incursões personalíssimas pela música pop (“Leros e Leros e Boleros”, “Eu Sou Aquele Que Disse”), o disco teve uma vendagem modesta, além de ser recebido pela crítica com desapontamento notável. Mais à frente, sua composição “Quatro Paredes” foi gravada parcialmente por Maria Bethânia, encaixada num pot-pourri no disco “A Cena Muda”.
  No início de 1974 saiu o compacto “Meu Pobre Blues / Foi Ela”. A primeira, uma dúbia elegia ao conterrâneo Roberto Carlos, de letra desconcertante, alcançou boa repercussão. Foi sua despedida da Phillips. Ele só retornaria à cena musical em 1975, já na gravadora Continental, lançando o compacto “Velho Bandido / O Teto da Minha Casa”, com boa aceitação popular e críticas muito favoráveis. Ainda em 1975, a irônica marchinha “Cantor de Rádio”, onde o artista alfinetava a indústria musical, foi incluída no LP “Convocação Geral nº 2”, da Som Livre.
  Em 1976, Sérgio lançou seu segundo LP, “Tem Que Acontecer”, considerado por muitos seu melhor trabalho. Com produção de Roberto Moura e arranjos do violonista João de Aquino, no disco brilhavam instrumentistas como Altamiro Carrilho (flauta), Abel Ferreira (clarinete) e Joel Nascimento (bandolim).  Sérgio aliava o vigor interpretativo e poético dos primeiros anos a uma maior maturidade como compositor, em obras bem acabadas, como o amargo samba “Até Outro Dia”, o samba-canção “Velho Bode” (em parceria com Sérgio Natureza), o fox “Que Loucura” (uma letra em homenagem ao poeta tropicalista Torquato Neto) e a faixa-título. O disco foi bem recebido junto à crítica mas não alcançou o sucesso esperado. 
  Em meados de 1977, ainda na Continental, Sérgio Sampaio lançou mais um compacto, “Ninguém Vive Por Mim / História de Boêmio (Um Abraço em Nelson Gonçalves)”. A primeira, um pop altamente suingado, foi bem executada nas rádios, apesar da letra cáustica, novamente enfocando a difícil relação do compositor com a indústria do disco. Foi o derradeiro trabalho de Sampaio por uma gravadora oficial. Dali em diante, já arrolado entre os “malditos” da MPB, ele seria um artista independente, sem gravadora e sem música no rádio, vivendo apenas de shows eventuais para um séquito fiel de admiradores em todo o país.
  Em 1981, Erasmo Carlos gravou em seu LP “Mulher” a canção “Feminino Coração de Deus”, composta por Sérgio especialmente para ele. No ano seguinte, Sampaio lançou o disco independente “Sinceramente”. Como o título sugeria, um trabalho de grande desnudamento pessoal do compositor. No entanto, mais uma vez a repercussão foi pequena, a despeito da qualidade de canções como “Nem Assim”, “Tolo Fui Eu” e “Essa Tal de Mentira”. O disco trazia também o samba “Doce Melodia”, onde o homenageado Luiz Melodia terçava vozes com Sérgio.
  Durante os anos 80, o artista viveu praticamente no limbo profissional, com escassos shows em bares a minguados cachês. Em seus longos retiros em sua cidade natal, porém, ele compunha sempre e cada vez melhor. Suas melodias se tornaram mais elaboradas, ao mesmo tempo conservando seu despojamento tão característico. Passou a criar harmonias com maior esmero e sua poesia atingiu o perfeito balanço entre lirismo, humor, perspicácia e concisão.
        Nos longos anos em que esteve relegado ao acostamento da cena musical, Sérgio apresentou-se quase sempre sozinho com seu violão, maturando sua performance ao máximo. De um balaio de cerca de 50 canções que ele mostrava nessas apresentações, ele escolheria o repertório do cd “Cruel”, que seria produzido pela gravadora paulista Baratos Afins em 1994, e que marcaria a volta de Sérgio ao disco, projeto abortado pela morte do artista, em maio daquele ano, ocasionada por uma crise de pancreatite.
  Mesmo hoje, tantos anos após sua morte, Sérgio Sampaio continua a ser um dos artistas mais verdadeiros, inquietantes e enigmáticos da história da MPB.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

JAMES BOND REPRESENTA!

Com toda certeza, ela que pediu!
Esse cara é bom.
Joga nas 11.
kkkKKKkkKKKKkkKKKKkkKKKkkKKKKkkKKKkkKKKKKkkkkkKKKk

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

FOTO DO DIA

Depeche Mode

Você sabia que:
 
O Depeche Mode já contou com o tecladista Vince Clarke, atualmente no Erasure.

O nome do conjunto Depeche Mode foi tirado de uma revista de moda francesa chamada "Depèche Móde".

Martin Gore nos tempos de colegio, quando adolescente, trabalhou distribuindo ovos de porta em porta;
O famoso artista country-blues norte-americano, Johnny Cash, lançou no ano passado um disco com covers de canções de outros artistas, onde incluiu uma versão de "Personal Jesus" do Depeche Mode?

Martinn Gore foi eleito "Melhor Compositor de Letras para Música do Ano de 1998", um premio instituído pela Academia Inglesa de Compositores e Autores de Música? A cerimonia ocorreu em Londres e o premio foi entregue a Martin por Daniel Miller, que no discurso elogiou Martin dizendo que como escritor do DM há 20 anos, suas musicas sempre procuraram levar alguma mensagem aos ouvintes. Martin recebeu o premio mas não fez nenhum discurso, fazendo jus à sua timidez!

O Depeche Mode sempre vendeu muito mais singles do que álbums. A partir de 1990 suas vendas de álbuns cresceu bastante, aliás o "Ultra" vendeu muito bem inclusive no Brasil.
O mais engraçado é que, justamente aqui no Brasil, até 2000 eles nunca tiveram um single em edição nacional para venda.
Em 2001, numa empreitada nunca vista no mercado nacional, a Roadrunner resolveu lançar quase todos os singles da banda (fase de 1981/1998). O Depeche já vendeu mais de 90 milhões de discos pelo mundo.
As 100 melhores: Em 2000, a MTV Americana, realizou uma lista contendo as 100 melhores músicas do século passado, indicadas por pessoas do meio artístico (músicos, produtores, engenheiros de som etc...). O Depeche apareceu nessa lista no 82º lugar com "Just Can't Get Enough" (O topo ficou com "Yesterday" dos Beatles). À se considerar a quantidade de músicas gravadas em um século, ter uma música lembrada como uma das cem mais importantes é um grande feito.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

NEM VEM...

Porque hoje é sexta!
Bom final de semana a todos, no melhor estilo.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

TOP AGENDA

Radiola Caixaba apresenta: Pindorama.

Vinícius de Moraes, o “poetinha”.
Consolidou-se como grande sonetista da moderna literatura brasileira. Conhecido, também, como boêmio inveterado e apreciador do uísque. Casou-se nove vezes ao longo de sua vida, respectivamente com Beatriz Azevedo de Melo, Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso. Na música, fez grandes parcerias em suas criaçõ...
es e considerava como a Santíssima Trindade destas os parceiros Carlos Lyra, Baden Powel e Tom Jobim. O toquinho ele pôs no amém.

Soneto do amigo.

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Los Angeles, 1946.

Seletores:
Gustavo Txai
Rike Sick
Tiê Pordios

Entrada:
10$

Promoção:
dose dulpa e 20% de desconto na entrada até as 22 horas

Local:
Celebration – Av. Saturnino Rangel Mauro, 505. Jardim da Penha, Vitória – ES.
(Rua do Canal, próximo à ponte Ayrton Senna)

*Vá de bicicleta - Leve seu cadeado e guarde sua bicicleta do lado de dentro*

Produção: Radiola Capixaba - http://www.facebook.com/radiola.capixaba
Realização: Antimofo - http://www.facebook.com/produtora.antimofo
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HOJE: 18/10/12
E você, vai perder a Didi Night - O Aniversário do Didi ? Fassunão ! Vai ter cerveja no padrão Praça Vermelha (só CDF ou CDP), dobradinha no copo por apenas 4 real e o melhor do forró pé de Haddad, digo Serra. Vem...parte da renda do dia será revertida para o bolso do Didi. Ele merece !!!!!!
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Nesta quinta você tem encontro marcado para apreciar o melhor do jazz, na sua esquina musical. A noite será conduzida por Roger no piano enquanto Victor e Wanderson revezarão na guitarra e no baixo acústico. Vai ser lindo!
Grave seu capítulo da novela para não perder esse show.
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Endereço: Av. Cristiano Dias Lopes, s/n , bairro Gilberto Machado, 29303-320 Cachoeiro de Itapemirim
  • 19 – outubro – Sexta Feira

    Após meses de espera, produziremos nossa “label party” Open Bar novamente, a (( The One Sessions )),
    noite muito especial que leva o nome do nosso clubinho e vem sempre acompanhada de atrações de peso, preparem-se para receber nesta edição o Colombiano:

    ...
    ALEX ARMES LIVE – ( COLÔMBIA – PACHA AGENCY ) – ** durante suas apresentações ao vivo,
    Alex se mostra um verdadeiro “showman”, mesclando seu incrível repertório com inclusões de guitarras,
    vocais e teclados.

    + David Rocha ( Residente )

    Open Bar :
    VODKA, Cerveja, Refri, Proseco e Água.
    * até às 04:00.

    Preços:
    Masculino: R$ 100,00
    Feminino: R$ 60,00
    * valores sujeitos a alterações.
    * não teremos venda antecipada.

    Promoter’s:
    Perereca (28) 9976-6622
    CICILIOTI (28) 9916-6622
    LUCAS xP (28) 9975-8436
  • ---------------------------------------------------------------------------------------------------
    Hit me baby one more time, one more time, one more time... cansou!
    Sabemos que os hits tem realmente um papel fundamental em uma festa. O poder da musica conhecida atinge em cheio muita gente e faz a pista bombar. Mas tem um efeito colateral, muita musica boa não é tocada enquanto outras acabam repetindo tanto que enjoa.
    Então não se i-HIT, em nossa nova festa pode até ter uma ou outra musica conhecida, mas abriremos espaço para outros critérios: o ritmo, a batida, o groove, a melodia – musicas que contagia...
    tanto quanto um HIT.
    Acredite no DJ, vá pra pista, feche os olhos e dance – Nessa noite o que importa mesmo é o BEAT.


    Sexta, 19/10, 22h
    Estreia da festa
    ((( BEAT )))
    cool pop . remix . musica eletrônica na medida certa
    Celebration

    ((( DJs )))
    Gabriel Kulza
    Filipe Lobato
    Eder Sallez (firs selectd DJ)
    + DJs que serão selecionados especialmente para festa*

    Estamos avaliando os sets que estão chegando, Ananda Oliveira feat. Marina Cardoso e DJ Rafa Arkanjo estão na pré seleção.
    Se vc também quer ser o dj da BEAT envie seu set com dez musicas para antimofo@gmail.com
    Os sets selecionados ganharão cinqüenta reais em consumação e dez vips

    ((( Plus )))
    Double Big Apple até 00h (New York)

    ((( Entrada* )))
    R$10 até 00h R$15 após

    *pagamento somente em dinheiro

    Censura 18 anos com documento de identificação

    ((( Local )))
    Celebration – Av. Saturnino Rangel Mauro, 505
    Jardim da Penha – Vitória – ES
    Rua do Canal, próximo a ponte Ayrton Senna

    ((( Informações )))
    www.antimofo.com
    27 9299 3254 – 8854 6844
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    A Paella é uma tradição da Casa Lar Walter Souza Barcelos, um evento onde podemos reunir a família e os amigos e ainda colaborar com uma causa social.
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    FUTURO (SP) – futuro.bandcamp.com – Punk rock, pós-punk e psicodelia!
    Após mudar de nome, lançar discos e diversos shows pelo Brasil chegam ao Espírito Santo pela primeira vez, lançando novo ep e apresentando nova formação.

    Expurgação - expurgacao.art.br – instrumental/experimental

    Guitarria – guitarria.bandcamp.com – Punk rock selvagem

    Los Muertos Vivientes - losmuertosvivientes.bandcamp.com – Surf Punk

    Zero Zero – zerozero.bandcamp.com – Hardcore

    Local: Bar Pós Graduação (atrás do Terminal de Vila Velha)
    Dia 20 (sábado) de Outubro de 2012, 16 horas, 10 reais!
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    Aniversário do Vocalista - Nano Vianna!
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    quarta-feira, 17 de outubro de 2012

    ÍDOLOS DA MPB

    Maria Eugênia Pereira dos Santos era uma garotinha bonita quando conheceu Raul Varella Seixas. Ela tinha sete anos, e ele nove. O namoro, que durante anos ficou somente na troca de olhares e bilhetinhos, culminou no casamento dos dois, às 17:30h do dia 16 de setembro de 1944, na Igreja do Bonfim, em Salvador, na Bahia. Nove meses após a união de Raul e Maria Eugênia, nascia o primeiro filho do casal, Raul Santos Seixas, em 28 de junho de 1945.
    “Nasci baiano mesmo, na av. 7 de setembro, número 108, que é a avenida principal de Salvador. Hoje estão comendo bacalhau no quarto onde nasci.” brincaria Raul, mais tarde, referindo-se ao Restaurante Português, que funciona hoje, na casa em que nasceu.
    A vasta biblioteca de seu pai era seu brinquedo favorito. E foi daí que veio o gosto pela palavra e a miopia precoce. Vivia trancado no quarto devorando o “Livro dos Porquês” do “Tesouro da Juventude”. Inventava histórias fantásticas que, transformadas em gibis, e com desenhos do próprio Raul, eram vendidos ao irmão caçula, Plininho (Plínio Santos Seixas, três anos mais novo). Melô era o personagem central de suas histórias, um cientista louco que viajava no tempo com figuras históricas, Deus e o Diabo.
    “Eu estava muito preocupado com a filosofia sem o saber (isto é, eu não sabia que era filosofia aquilo que eu pensava). Tinha mania de pensar que eu era maluco e ninguém queria me dizer. Gostava de ficar sozinho. Pensando. Horas e horas. Meu mundo interior é, e sempre foi, muito rico e intenso. Por isso o mundo exterior naquela época não me interessava muito. Eu criava o meu.”No ano de 1954, Raul ganhou seu primeiro violão, presente dos pais, ao qual, a princípio, ele não deu muita importância. Porém, pouco a pouco, foi dedilhando e, sozinho, aprendeu a tocar algumas músicas, acabando por se apaixonar pela novidade.
    A família Seixas mudou-se para uma casa que ficava próxima ao Consulado Americano. Ali Raul conheceu os garotos do consulado, que lhe emprestaram alguns discos de Elvis Presley, Little Richard, Fats Domino, Chuck Berry etc. Foi o primeiro contato com o Rock and Roll.
    “Eu ouvia os discos de Elvis Presley até estragar os sulcos. O rock era como uma chave que abriria minhas portas que viviam fechadas. Usava camisa vermelha, gola virada para cima. As mães não deixavam as filhinhas chegarem perto de mim porque eu era torto como o James Dean. Olhava de lado, com jeito de durão. Cada vez que eu cumprimentava uma pessoa dava três giros em torno do próprio corpo. Eu era o próprio rock. Eu era Elvis quando andava e penteava o topete. Eu era alvo de risos, gracinhas, claro. Eu tinha assumido uma maneira de vestir, falar e agir que ninguém conhecia. Claro que eu não tinha consciência da mudança social que o rock implicava. Eu achava que os jovens iam dominar o mundo.”
    Aos poucos a escola foi ficando de lado. O bom era ficar na loja Can-tinho da Música, curtindo rock and roll ou marcando ponto no Elvis Rock Club, fã-clube de Elvis Presley, fundado por Raulzito e o amigo Waldir Serrão. Corria o ano de 1962 e a necessidade de fazer rock levou Raul a fundar, ao lado dos irmãos Délcio e Thildo Gama, o grupo Os Relâm-pagos do Rock. Chegaram a se apresentar na TV Itapoan, onde foram chamados de cantores de “música de cowboy”.
    “Eu era um fracasso na escola. A escola não me dizia nada do que eu queria saber. Tudo o que eu sei, eu devo ao mundo, à rua, à vivência e, principalmente a mim mesmo. Repeti 5 vezes a 2ª. série do ginásio. Nunca aprendi nada na escola. Minto. Aprendi a odiá-la.”
    O ano de 1964 foi importante para Raul Seixas. Os Relâmpagos do Rock, com nova formação, passam a se chamar The Panthers. Foi também o ano da profissionalização definitiva e da des-coberta dos Beatles.
    Ainda em 1964, The Panthers entra em estúdio para gravar aquela que viria a ser a primeira gravação oficial: duas músicas para serem lançadas em um compacto (“Nanny”/ “Coração Partido”) pela Astor, que acabaram ficando apenas no acetato, não sendo lançadas comercialmente. Somente em 1992, a música “Nanny” seria lançada, entre outras gravações raras, no álbum O Baú do Raul.
    O grupo passou então a se chamar Raulzito e Os Panteras. Depois de comprar uma aparelhagem nova e melhor, passou a tocar em boates e em shows em que, muitas vezes, brilhavam astros da Jovem Guarda como Roberto Carlos, Wanderléa, Jerry Adriani e, Rosemary, entre outros. Seus maiores rivais são os grupos de samba e bossa nova, aquartelados no Teatro Vila Velha de um lado e do outro o Cinema Roma, que era o templo do rock and roll, organizado por Waldir Serrão, O Big Ben.
    Em nome do namoro com a americana Edith Wisner, Raul resolve parar tudo e retomar os estudos e, em pouco tempo, prestar o vestibular (para passar num dos primeiros lugares) para a faculdade de Direito. “Eu queria provar às pessoas, à minha família, como era fácil isso de estudar, passar em exames. Como não tinha a mínima importância.” Tão sem importância que, em 1967, decide ao mesmo tempo casar com Edith e retomar a carreira com Os Panteras.
    Atendendo a um pedido de Jerry Adriani, Raul, Edith e Os Panteras partiram em viagem para o Rio, realizando um velho sonho. Conseguiram gravar, para a Odeon, o LP Raulzito e Os Panteras. Lançado em 1968, o disco foi ignorado tanto pela crítica quanto pelo público.
    “Chegamos em fim de safra. Não entendíamos o que estava acontecendo. Agnaldo Timóteo de um lado, Gil e Os Mutantes de outro. Tocávamos coisas complicadas, minhas letras falavam de agnosticismo, essas coisas, e complicamos demais. Não tínhamos idéia do que era comercial em matéria de música em português.”
    Com o fracasso do disco, ficam algum tempo como banda de apoio de Jerry Adriani, até a dissolução do grupo. “Só sobrou eu. Os outros não agüentaram a barra e caíram fora”. Desiludido e psicologicamente abalado, Raul voltou para Salvador.”
    Em 1970, conheceu Evandro Ribeiro, diretor da CBS, hoje Sony Music. “Talvez eu tivesse trilhado o caminho da paranóia se não tivesse tido a chance que tive. Conheci o diretor da gravadora CBS lá mesmo, na Bahia, e foi ele mesmo quem me deu oportunidade de estar em contato com a arte outra vez.” E lá se foi Raul, com Edith, de volta para o Rio; desta vez para trabalhar como produtor de discos na CBS. Durante um ano, Raul criaria músicas e discos de sucesso para Jerry Adriani, Trio Ternura, Renato e Seus Blue Caps, Tony e Frankie, Diana e Sérgio Sampaio. “Sérgio Sampaio foi o primeiro artista que eu realmente descobri. Acreditei muito nesse cara. Acreditei tanto que ele me incentivou a ser artista outra vez.” Em novembro daquele ano, nasceu Simone, a primeira filha.
    O incentivo de Sérgio Sampaio levou Raul a produzir e lançar, em julho de 1971, aproveitando a viagem do presidente da CBS, o LP Sociedade da Grã-Ordem Kavernista – apresenta – Sessão das 10, com participações do próprio Raul, com Sérgio Sampaio, Miriam Batucada, Edy Star.
    Isso lhe valeu a expulsão da CBS quando o presidente voltou. O disco então sumiu, “misteriosamente”, do mercado.
    “Neste disco cada um cantava suas músicas em faixas separadas, num trabalho que resumia o caos da época. Valeu a pena, apesar de ter vendido muito pouco. Nós nos divertimos muito. Foi também a primeira vez que eu fiz algo para ser consumido e do qual me senti paranoicamente orgulhoso e feliz. Como os Beatles, que aprenderam no estúdio, eu aprendi tudo na CBS, os macetes todos. Aprendi a fazer música fácil, comercial, intuitiva e bonitinha, que leva direitinho o que a gente quer dizer.”
    Em setembro de 1972, no VII Festival Internacional da Canção, à frente de um público ávido por novidades, Raul, mais uma vez incentivado pelo amigo Sérgio Sampaio, resolveu se tornar “popular”. Inscreveu no festival as canções “Eu sou eu, Nicuri é o Diabo”, defendida por Lena Rios e Os Lobos, e “Let me Sing, Let me Sing”, mistura de rock com baião, interpretada pelo próprio Raul, travestido de Elvis. Ambas foram classificadas.
    “Depois de sair da CBS, onde ganhava 4 mil cruzeiros por mês, decidi ser Raul Seixas. Então usei, este é o termo, aquele negócio de brilhantina, do rock, do casaco de couro, como trampolim, como uma maneira de ser conhecido. Por que eu só passei a existir depois daquela encenação, daquele teatro que eu fiz. Combinar rock com baião foi a fórmula certa para chamar a atenção. Mas foi só o começo.”
    A classificação de “Let me Sing, Let me Sing” entre as finalistas, além da excelente repercussão que Raul Seixas provocou no público e na imprensa, garantiu a continuidade de sua carreira como cantor e compositor da Philips. A consagração ainda tardaria alguns meses; tempo durante os quais Raul atuaria ao velho estilo, como produtor (e, no caso, também como cantor, anônimo, sem crédito na capa) de um disco antológico de clássicos de rock and roll e da Jovem Guarda: Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock (selo Polyfar, 1973).
    Em 1975, esse disco seria reeditado com algumas alterações, como o nome de Raul na capa e um novo título, 20 Anos de Rock, aproveitando a notoriedade de Raul. Mas o “buuum” só viria mesmo com a explosão do compacto ”Ouro de Tolo”, (curiosidade: teve que ser prensado duas vezes em uma semana!). ”Ouro de Tolo” tinha uma letra autobiográfica e ao mesmo tempo uma bofetada na face da classe média do país (que trocava a verdadeira realização pelo acesso às bugigangas comuns de consumo), naqueles tempos de Milagre Brasileiro.
    Contratado pela Philips (gravadora onde brilhavam os medalhões da MPB como Caetano, Gil, Gal etc…), Raul Seixas partiu para o primeiro álbum solo, KRIG-HA, BANDOLO! O título refere-se ao grito de guerra de Tarzan, que quer dizer: “cuidado, aí vem o inimigo”. Lançado em 1973 é considerado pela crítica como um dos seus melhores trabalhos.
    “O LP KRIG-HA, BANDO-LO! foi feito todo de uma vez. A música Ouro de Tolo foi lançada antes, por causa de uma jogada comercial da Philips, que remexeu na ópera, que é o LP, e dela retirou a parte que achava mais interessante. Então, para mim, o valor e o gosto ficam por conta de todo o LP, porque ele é o todo de um trabalho, onde todas as músicas se interligam e de onde é quase impossível você só tirar e citar uma parte.”
    Raul Seixas e Paulo Coelho lançam Sociedade Alternativa em agosto, e dedicam-se com afinco aos estudos esotéricos, mergulhando fundo na obra do mago inglês Aleister Crowley. Raul anunciava que era hora de mudar o mundo e distribuía nos shows um gibi/manifesto chamado “A Fundação de Krig-ha”, ilustrado por Adalgisa Rios (esposa de Paulo, na época). A Sociedade Alternativa, com sede alugada, papel timbrado e relatórios mensais, chegou a anunciar a aquisição de um terreno em Minas Gerais, para a construção da Cidade das Estrelas, uma comunidade onde a lei única era “Faze o que tu queres, há de ser tudo da lei.” A idéia da Sociedade Alternativa não agradou a muitos e Raul foi preso e torturado pelo DOPS, tendo que deixar o país.
    Raul, Paulo, Edith e Adalgisa decidiram partir para os Estados Unidos, onde fizeram contato com algumas personalidades.
    Enquanto isso aqui no Brasil, a música “Gita” tocava de norte a sul do país. E foi graças a esse sucesso que Raul e Cia. voltaram para o Brasil. Foi nessa época que o casamento de Raul com Edith foi chegando ao fim, e ela decidiu voltar para os Estados Unidos, levando consigo a filha do casal.
    O sucesso de Gita deu a Raul Seixas o primeiro Disco de Ouro, com mais de 600 mil cópias vendidas. O mesmo não aconteceu com o disco seguinte: Novo Aeon (1975, Philips), que vendeu apenas 60 mil. “Foi a maior decepção, mas dei a volta por cima com Há 10 Mil Anos Atrás.”
    Raul conheceu, então, outra americana, Glória Vaquer (“Spacey Glow”), irmã de seu guitarrista Gay Vaquer. Casou-se com Glória e, desta união, nasceu, no Rio de Janeiro, a segunda filha de Raul, Scarlet, em junho de 1976. Nesse ano lançou o álbum Há 10 Mil Anos Atrás, com Raul maquiado na capa como um “sábio ancião”. Chegou então ao fim a parceria com Paulo Coelho, embora conti-nuassem amigos (ou inimigos íntimos).
    Decidiu sair da Philips para outra gravadora, a recém-fundada WEA. Marcou esse período o rosto sem barba nem bigode (suas “marcas registradas”) e a relação com um novo parceiro (e antigo vizinho dos tempos do Rio), Cláudio Roberto, professor de ginástica, poeta e cantor nas horas vagas. Juntos realizaram o LP O Dia em que a Terra Parou, em 1977. A crítica não gostou. Foi dito que não mantinha o mesmo “nível” dos trabalhos anteriores. Mas os fãs se deliciam com “Maluco Beleza”, “Sapato 36” e a faixa-título. Raul chegou a fazer alguns shows, mas sem muito sucesso, devido às críticas ao LP. Foi então que se separou de Glória, que, a exemplo de Edith, também voltou aos Estados Unidos com a filha Scarlet.
    Voltou de lá mais gordo e com uma nova companheira, Tânia Menna Barreto. Com ela dividiu parceria em seu novo álbum, Mata Virgem (1978, WEA). O disco trazia de volta Paulo Coelho , mas a má divugação atrapa-lhou o LP e a crítica também não ajudou.
    As mudanças em sua vida pessoal e profissional somadas a problemas de saúde, abalaram Raul. Para recuperar-se da pancreatite, agravada pelo consumo de bebidas alcoólicas, Raul Seixas resolveu passar alguns meses na fazenda dos pais em Dias D’Avilla, interior da Bahia.
    São Paulo o recebeu de braços abertos. Iniciou, então, uma série de shows pela capital e interior do estado paulista. Na Zona Sul da cidade de São Paulo, nasceu, em 1981, a terceira e última filha de Raul, Vivian.
    Chegou a fazer uma temporada no Teatro Pixinguinha com sucesso absoluto.
    Em 1979 faz seu último álbum para a WEA, Por Quem os Sinos Dobram, em parceria com o amigo Oscar Rasmussen. Raul saiu da gravadora levando sua secretária de imprensa, a carioca Ângela Costa, hoje mais conhecida como Kika Seixas.
    Raul assinou um novo contrato com uma velha conhecida sua, a CBS e, em 1980, lançou o álbum Abre-te, Sésamo. O disco vendeu razoavelmente, porém bem menos do que merecia. Raul e Kika decidiram morar em São Paulo e, com a ajuda de Jair Rodrigues, conseguiram alugar uma casa no bairro do Brooklin.
    Ainda em 81, Raul rescindiu o contrato com a CBS por pedirem que dedicasse o próximo disco a Lady Diana – ela era ”o assunto do momento”. Nessa época, Sylvio Passos, com 18 anos, comunicou a Raul Seixas que havia fundado o Raul Rock Club. Ele ficou surpreso, e passou a participar ativamente do que denominaria de Raul Seixas Oficial Fã-Clube.
    Sem gravadora, mas com um público enorme e fiel, apresentou-se para mais de 150 mil pessoas em 13 de fevereiro de 1982 no Festival Música na Praia, em Santos, São Paulo. Mas Raul andava insatisfeito e mergulhava cada vez mais na bebida, o que levou ao cancelamento de shows e crises de hepatite. Em maio de 82, apresentou-se tão alcoolizado em Caieiras, interior de São Paulo, que acabou sendo tomado por impostor de si mesmo, sendo preso e ameaçado pelo delegado da cidade.
    Deprimido, sem um contrato com uma gravadora e ainda com problemas de saúde, Raul, juntamente com Kika, desenvolveu o projeto da ópera-rock Nuit e saiu batendo de porta em porta, visitando todas as gravadoras. Nada aconteceu. Chegou ao cúmulo de ouvir de um diretor artístico a seguinte frase: “Já estou vacinado contra Raul Seixas.” Magoado, Raul voltou para o Rio e ficou alguns meses num apartamento em Copacabana.
    Até que João Lara Mesquita, jovem diretor do Estúdio Eldorado e fã incondicional de Raul, resolveu realizar um antigo projeto e convidou o ídolo para gravar. Raul, Kika e a filha Vivian então retornaram para São Paulo, e, em abril de 1983, o músico lançou o álbum Raul Seixas. O disco trazia também uma faixa gravada, ao vivo, durante um show realizado no Sociedade Esportiva Palmeiras, onde Raul Seixas contou, através das músicas, a história do rock and roll para mais de 10 mil pessoas.
    Em 1983, lançou o livro As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor, dividido em três partes: a primeira, um diário escrito entre os sete e os quatorze anos, no qual nota-se um grande conhecimento de rock and roll; na segunda parte, uma série de contos feitos entre os doze e os vinte e um anos; e, finalmente, na terceira, uma história em quadrinhos, chamada A Lei dos Assassinos da Montanha que, segundo Raul, era um bom exemplo de humor negro.
    Com o sucesso do disco, do livro e da turnê pelo Brasil, Raul e Kika realizaram uma viagem aos Estados Unidos para acompanhar de perto o que estava acontecendo musicalmente por lá. Voltaram com a bagagem cheia e inspiradíssimos. Raul então assinou novo contrato, dessa vez com a Som Livre e, em junho de 1984, lançou o álbum Metrô Linha 743.
    O penúltimo casamento de Raul foi-se rompendo. A sua saúde também não andava boa. Mais uma vez ele decidiu voltar para Salvador, como fizera em 1978, para se recupe- rar. Depois de curta permanência em Salvador, voltou para São Paulo com nova companheira, Lena Coutinho.
    Em São Paulo, junto com Lena, procurou uma nova gravadora, mas as portas do mundo artístico pareciam estar fechadas novamente para Raul. Enquanto isso, milhares de fãs e amigos permaneceram na expectativa de novidades. Em São Paulo, no ano de 1985, o Raul Rock Club (o Fã-Clube Oficial) lança o álbum Let me Sing my Rock and Roll, o primeiro disco produzido e distribuído independentemente por um fã-clube brasileiro, disputado hoje a peso de ouro por fãs e colecionadores.
    Durante o ano de 1986, Raul e Lena continuaram à procura de uma gravadora e, finalmente, com a ajuda de amigos assinaram contrato para dois álbuns com a Copacabana. Porém, os problemas com a saúde atrapalharam as sessões de gravação no estúdio e o LP, que todos esperavam para esse ano, acabou sendo lançado só no início de 1987. O disco trazia como título o grito de guerra de rock and roll: Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!
    O disco tocou de norte a sul do país e mais uma vez, Raul Seixas era notícia, ocupando lugares de destaque na mídia e, o melhor, sua música estava na boca do povo. Contudo, continuava desaparecido dos palcos e da TV devido à sua saúde precária (em parte culpa do problema do abuso de bebidas alcoólicas).
    A música “Cowboy Fora-da-Lei” estourou nas paradas de sucesso ganhando videoclipe no Fantástico e a sua inclusão na trilha sonora da novela das sete da Rede Globo. A música revelava uma “quase” paranóia de Raul, onde diz: “Mamãe, não quero ser prefeito/ pode ser que eu seja eleito/ e alguém pode querer me assassinar.”
    A música “Não Quero Mais Andar na Contramão”, provou que Raul não estava mais a fim de maluquices e que seu papo agora era paz e sossego, no aconchego do lar… sossego que virou tédio. Marcelo Nova, para tirá-lo desse tédio, convidou-o para viajar para Salvador, onde iria se apresentar.
    Raul, que estava afastado dos palcos há três anos (sua última apresentação, ao vivo, foi em dezembro de 1985, em São Caetano do Sul, São Paulo), aceitou o convite. Na capital baiana,iniciaram juntos uma série de 50 shows, que visitou os quatro cantos do Brasil. Uma aventura que acabou resultando no disco A Panela do Diabo, lançado dois dias antes do falecimento de Raul.
    A convite do discípulo e amigo Marcelo Nova, então vocalista e letrista do grupo baiano Camisa de Vênus, Raul Seixas participou da gravação do álbum que o grupo preparava para lançar, dividindo vocais e parceria com Marcelo Nova na música “Muita Estrela, Pouca Constelação”, referindo-se ao cenário pop brasileiro de maneira desdenhosa.
    No ano seguinte (1988), mostrou que ainda estava “vivo”, lançando, em setembro, o álbum A Pedra do Gênesis, que falava da controvertida Sociedade Alternativa.
    Segunda-feira, 21 de agosto de 1989, nove horas da manhã. Dalva Borges da Silva, a empregada de Raul, chegou ao apartamento número 1003, do Edifício Aliança, Zona Central de São Paulo, e encontrou Raul Seixas morto em sua cama. Dalva imediatamente entrou em contato com o médico e a família de Raul. A notícia se espalhou e logo as emissoras de rádio e TV divulgaram o fato.
    Fãs, jornalistas e amigos dirigiram-se ao prédio onde Raul residia. Raulzito havia falecido duas horas antes da chegada de Dalva ao prédio, de parada cardíaca, causada pela pancreatite de que sofria há dez anos.
    O corpo foi levado para o Palácio das Convenções do Anhembi, Zona Norte de São Paulo, onde foi velado durante toda a noite e madrugada a dentro. Às oito horas da manhã do dia seguinte o corpo seguiu num jatinho para Salvador, onde foi sepultado às 17 horas no Cemitério Jardim da Saudade.
    Passados tantos anos de sua grande viagem, Raul Seixas continua mais vivo do que nunca. Desde seu falecimento em 21 de agosto de 1989, o número de pessoas interessadas em sua vida e obra vem aumentando consideravelmente. Pessoas de todas as faixas etárias e classes sociais se organizam nos inúmeros fãs-clubes criados para homenageá-lo. Casas culturais, praças, ruas, parques e viadutos recebem seu nome.
    Revistas, pôsteres e cerca de 20 livros enfocando sua vida e obra continuam no mercado. Todos os títulos de sua imensa discografia já foram reeditados em CD, e novos títulos são lançados constantemente. Programas de rádio e TV, romarias ao Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador, passeatas, carreatas e inúmeros eventos acontecem anualmente em todo o Brasil nas datas de nascimento e morte, 28 de junho e 21 de agosto, respectivamente.
    É por esses e por inúmeros outros motivos que decididamente Raul Seixas está e continuará vivo.

    terça-feira, 16 de outubro de 2012

    DIABETES

    Diabetes?
    Ahã. Sei.
    Só falta ele fazer igual aquele professorzinho viciado que ligou pra polícia pra dizer que o pó estava malhado quando na verdade era de alta periculozidade.
    Auuuu....bicudo.
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK