SHOW DO RADIOHEAD - RESUMO

Como sempre, ir ao Rio, é diversão garantida. Chegamos no hotel (eu, Patricia e Budiga) e nos encontramos com Bruno Barata e sua namorada. Subimos pro quarto, demos um tempinho e já nos aprontamos para o show. Chegamos na Praça da Apoteose por volta de 20:10. Os Los Hermanos já estavam na metade de show. Os caras são um fenômeno mesmo. O som estava ruim, muito alto e estridente as guitarras e os metais, matando um pouco o som da bateria e do baixo. Mas fã é um bicho escroto. Ninguém tava nem aí e todos cantavam todas as músicas num coro só. As pessoas que chegaram no mesmo horário que eu corriam desesperadamente para ver Marcelo Camelo e sua turma se apresentarem depois de mais ou menos três anos afastados. Eu como não sou fã, mas respeito o trabalho deles, estava pouco me lixando para aquela histeria coletiva e fui logo pegando uma gelada. O susto foi enorme ao me deparar com o vendedor dizer que a bela Skol custava R$ 5,00 (!!!). Eu, Budiga e Patricia preferimos então ficar na arquibancada do lado direito de quem entra na Apoteose. Para nossa surpresa encontramos com Piuí e Gabi, Bento e Murilo Abreu, Roger e Carol. Muita coincidência. Ficamos um pouco juntos, depois nos separamos. Nessa hora me lembro de eles estarem tocando "Olha só...que cara estranho que chegou...parece não achar lugar...", caralho, de cima eu via a multidão delirando. Parecia que os Hermanos eram a atração principal. A organização do evento disse que tinha 25.000 pessoas. Acaba o show dos Los e os holofotes da praça toda se acende. Tirei essa foto do meu celular para você ter noção da geral. O palco para o Krafwerk estava quase pronto a essa altura. As luzes se apagam de novo. O povo grita. Começa o Kraftwerk. Showzaço! Informação visual é o que não falta. Aqueles quatro alemães em frente aos seus laptops e sintetizadores, estáticos, mau mexem a cabeça, distribuidos lado a lado no palco, espancaram com uma viagem musical englobando clássicos de uma vasta obra de mais de trinta anos de carreira como Tour de France, Autobahn, TransEurope, entre outros. Ponto alto para o final do show quando os quatro saem do palco e a iluminação volta focando quatro bonecos, tocando The Robots. A explosão final ficou por conta de, é claro, Musique Non-Stop e Boing, Boom, Tschak, música que influenciou toda cena eletrônica nos anos oitenta. A platéia e arquibancada foram abaixo. Impecável o show e o som nem se fala, parecia estar eu ouvindo o CD dos caras!
Bate uma fome aqui, passa um vendedor de cachorro quente. Quanto é? R$ 6,00!!! Pão e salsicha, no seco? Nem um molinho? Arreguei e continuei na gelada, preocupado em não gastar todo dinheiro para poder pegar o táxi de volta. Após uns quinze minutos depois do Kraftwerk, heis que estão no palco, eles, o Radiohead. Minutos antes encontramos com Bruno Barata sua namorada Mariana e eles também ficaram com a gente. Começa o show. Que tapa, que som perfeito, que iluminação foda, sem defeito algum. A carga emocional que os caras trazem em suas músicas é um negócio de doido. Nego chora memso. O show apesar de nada rock'n'roll, muito pelo contrário, é total down, trouxe para nós os clássicos como Creep, Paranoid Android, Karma Police e por aí vai mesclando sucessos de Pablo Honey, algo de The Bends, Kid A e Ok Computer e apresentando mais músicas dos recentes, mas nem tanto, Hail to the Thief e In Rainbows. É sempre bom ter a oportunidade de assistir a um grande show como esse. Pra mim vai ficar marcado por muito tempo as apresentações do Kraftwerk e do Radiohead. De final eu, Budiga e Patricia conversando sobre as três atrações, chegamos a conclusão que parecia que a platéia no contexto geral tinha preferências direcionadas tanto para os Los Hermanos, tanto para o Kraftwerk, assim como para o Radiohead. Somando os três, todos que estavam ali naquela noite de 20 de março de 2009, forma agraciados com um belo presente. O Just a Fest.